
O Mercado Medieval está de volta à vila de Óbidos nos próximos dias. Este ano o evento vai realizar-se entre os dias 19 de Julho e 12 de Agosto, de quinta-feira a domingo, e a organização promete bastante animação, exclusivamente com grupos portugueses.
A gastronomia e as artes bélicas também estão em destaque com as já famosas ceias medievais e o assalto ao castelo, que irá decorrer às sextas-feiras.
O bilhete este ano é mais barato, custando seis euros, mas os trajados para entrar têm que pagar metade deste montante.
As ceias medievais voltam a estar em destaque no Mercado Medieval de Óbidos, que inaugura na próxima quinta-feira, dia 19 de Julho. O sucesso nas edições anteriores deste repasto rico em iguarias e complementado com música e animação, levou a organização a apostar na preparação dos alimentos, tal qual era feito há vários séculos atrás.
“Vaca picada em seco” ou “miudezas de porco aos pedaços em molho” são algumas das propostas destas recriações de uma época em que a base de alimentação era, essencialmente, o pão, a carne e o vinho.
As ceias, que terão lugar em frente ao palco onde decorrem os principais espectáculos, custam 35 euros por pessoa e dão direito a entrada e traje a rigor.
Mantendo a ligação com a Casa das Rainhas, nesta edição são recriadas as cerimónias esponsais (festas de noivado) de D. Afonso V e D. Isabel de Coimbra e a temática do casamento na Idade Média. O casamento destes monarcas realizou-se em Santarém em 1447, mas as cerimónias esponsais realizaram-se na Igreja de Santa Maria de Óbidos, quando ambos tinham nove anos de idade.Durante 16 dias, bobos, cuspidores de fogo, dançarinos, músicos e jograis especialistas nas artes divertir as gentes invadem a vila transportando o visitante para séculos distantes. A animação será feita exclusivamente com grupos portugueses, num total de 25 participações oriundas de todo o país.
Pelo recinto do mercado irão também distribuir-se, além das colectividades do concelho, vários artesãos, alguns deles a participar pela primeira vez. Haverá uma exposição temática da cultura cristã, judaica e muçulmana, à entrada do evento, onde serão retratados os ofícios, artefactos e costumes de cada uma destas culturas que conviviam com alguma harmonia, como é o caso de ferreiros, calígrafos e alquimistas.
Tendo em conta a forte componente bélica do último rei medieval, a empresa municipal Óbidos Criativa, que organiza o evento, estruturou um assalto ao castelo, que será dinamizado pelos grupos que participam na animação do mercado, entre eles duas associações locais, – Associação Josefa d’Óbidos e a Guarda do Alcaide d’Óbidos. Cada uma destas associações será também responsável por um acampamento, civil e cristão, que irão funcionar no recinto da cerca. Nos dias em que não há assalto ao castelo serão realizados cortejos e torneios, entre eles um nocturno.
Esta edição irá contar também com um acampamento mouro às portas do castelo.
Segundo os números da organização, esta edição contará com 116 horas de animação musical, 32 horas de torneios e 16 horas de cortejos. A estas juntam-se 18 horas de danças medievais, 12h00 de espectáculos de palco e 48 horas de animação de rua.
O investimento feito foi de 200 mil euros e o preço do bilhete é de seis euros (menos um euro que na edição anterior) e as crianças até aos 12 anos não pagam entrada.
Os trajados a rigor tem um desconto de 50% na entrada, pagando apenas três euros (nas edições anteriores a entrada era gratuita).
O mercado à quinta-feira funciona entre as 17h00 e as 24h00, à sexta-feira entre as 17h00 e a 1h00, ao sábado entre as 12h00 e a 01h00, e ao domingo entre as 12h00 e as 24h00.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt
Aprender a fazer acessórios para o traje medieval
No âmbito do Mercado Medieval de Óbidos, realiza-se hoje, 13 de Julho, a partir das 20h30, na EPIC- Espaço de Promoção da Inovação e Criatividade, um workshop sobre acessórios que completam o Traje Medieval.
Nesta acção serão elaborados acessórios que completam o traje medieval, como é o caso dos toucados, cintos e bolsas. De acordo com os registos da época, as senhoras burguesas têm a cabeça protegida com lenço, coifa ou touca, enquanto que as da nobreza cobrem a cabeça com chapéus e véus de varias formas. Já as do povo utilizam simples lenços.
As mantas ou capas que são utilizadas por todas as classes sociais variam os tecidos e adornos.
O workshop tem um custo de cinco euros por participante, podendo as inscrições ser feitas através do e-mail: patricia.figueiredo@cm-obidos.pt
F.F.