
O plano está a funcionar no primeiro nível, mas a administração admite passar ao seguinte, com a abertura de mais camas para dar resposta à afluência
No início da semana estavam internados no Centro Hospitalar do Oeste (CHO) 14 doentes infetados com covid-19, dos quais 10 internados no hospital das Caldas. A necessidade de resposta a este crescente número de casos de internamento, nos últimos dias, levou a entidade a acionar o plano de contingência Covid. Este funciona por níveis e, no primeiro, está prevista a abertura de 11 camas, o que já sucedeu. Atingido o limite da capacidade neste nível, está prevista a abertura de mais 12 camas, num total de 31 camas, explica o conselho de administração.
Para além disso, o “funcionamento em rede das instituições do SNS permite uma articulação estreita e uma complementaridade, em caso de se esgotar capacidade instalada em alguma delas”, acrescenta.
O plano de contingência do outono/inverno implica “necessariamente” com o funcionamento de todas as valências do hospital, já que os espaços físicos são finitos. Se existem doentes em excesso num serviço de internamento ou na urgência, as camas das várias especialidades são revistas e, normalmente, são as especialidades cirúrgicas com internamento (no Hospital das Caldas são a Cirurgia Geral, a Ginecologia e a Otorrinolaringologia) quem cede camas para internamento de doentes.
No entanto, e de acordo com a administração do CHO, estas especialidades cirúrgicas “não deixam de dispor de uma área de internamento para os doentes, nem são encerradas. Apenas são ajustadas em função das necessidades e, por vezes, realocadas em novos espaços”.
Na unidade das Caldas as principais dificuldades verificam-se ao nível da adaptação de espaços físicos e gestão de recursos humanos para áreas Covid e não Covid. Outra das dificuldades prende-se na resposta à grande afluência aos serviços de urgência, sendo que a percentagem atendida de doentes não urgentes é superior a 30 % na urgência geral , 50% na urgência covid e 70 % na urgência pediátrica.
14 anestesistas no CHO
Questionada sobre a falta de médicos anestesistas disponíveis para garantir escalas, o conselho de administração garante que “em momento algum”, foi posta em causa a possibilidade de encerramento da urgência cirúrgica ou obstétrica do CHO. Salienta que que “é desafiante e muito exigente” a gestão de recursos para duas urgências médico-cirúrgicas em localizações dispersas, que implica uma duplicação de profissionais, e que as escalas têm sido o preenchidas com médicos do mapa de pessoal e prestadores de serviços.
A administração reconhece, no entanto, que “podem ocorrer situações pontuais de especial carência, em períodos de críticos, como seja épocas de férias ou festividades, ou por faltas imprevistas”.
O CHO tem 14 anestesistas no mapa de pessoal, estando sete afetos Hospital das Caldas e sete ao Hospital de Torres Vedras. Para além destes, desempenham funções neste centro hospitalar vários prestadores de serviço na especialidade de anestesia. ■