Soldados da paz das Caldas já auxiliaram os colegas da Benedita

Impasse na associação já tem repercussões no socorro. Lista eleita pondera avançar para a tomada de posse

 

A situação na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Benedita continua num impasse e tem obrigado a pedir apoio a corporações vizinhas para manter a prestação do socorro.
“Se a Direção não tomar uma decisão entretanto, o número de voluntários e funcionários a entrar no quadro de reserva será de mais de 50”, assume o comandante dos Bombeiros da Benedita à Gazeta das Caldas. António Paulo esclarece que a corporação é composta por mais de 60 operacionais.
A passagem dos bombeiros voluntários à reserva já começou e isso tem afetado a prestação de socorro. “Nem sempre conseguimos assegurar a prestação do socorro, já cá vieram os bombeiros das Caldas e de São Martinho do Porto para nos ajudar, o que eu agradeço e agradeço à população a compreensão, mas não consigo fazer de outra maneira”, declarou o comandante, desejando que a situação se resolva com a maior brevidade possível, a bem da população.
Para já, não está prevista a realização de novas eleições para os corpos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros da Benedita. Isto porque, apesar da renúncia do presidente eleito, Filipe Marques, a maioria dos corpos sociais eleitos a 1 de outubro pondera avançar para a tomada de posse. “As eleições não foram impugnadas, foram democráticas”, referiu o presidente da Assembleia Geral, Luís Félix Castelhano, notando que os órgãos foram legitimamente eleitos.
Certo é que ainda se vive um clima de grande indefinição e que, seja como for, em qualquer um dos dois cenários (eleições ou tomada de posse), não se prevê que a situação fique resolvida antes da próxima semana
Recorde-se que Filipe Marques renunciou ao cargo de presidente após os protestos de 27 bombeiros, que ameaçaram entrar no quadro de reserva se a lista eleita tomasse posse. O grupo de operacionais depositou os capacetes em frente ao quartel e deu mesmo uma data para a renúncia dos eleitos e convocatória para novas eleições. Esse prazo terminou no dia 12 de outubro, tendo então Filipe Marques já renunciado.
Luís Félix Castelhano explicou ao nosso jornal que apenas dois membros dos corpos sociais eleitos decidiram não tomar posse. “O comandante da Proteção Civil Distrital e o coordenador municipal da Proteção Civil garantiram-me que o socorro está assegurado pelas corporações vizinhas”, concluiu o presidente da mesa da Assembleia Geral que foi novamente eleito, lamentando o clima de conflito na instituição. ■