O movimento “Caldas em Marcha” sai à rua, com concentração no Skate Parque e seguindo até à Praça da Fruta, a 26 de junho, naquela que será a primeira “Marcha do Orgulho LGBTQI+” das Caldas da Rainha. “Pomos Caldas em marcha para celebrarmos as nossas vidas, as nossas formas de existência e resistência”, refere o movimento no seu manifesto, acrescentando ainda que protestam pelos direitos e condições de vida que permitem vidas dignas e seguras, que ainda não têm.
No documento, o movimento refere ainda que luta por escolas que não representem uma “constante ameaça às nossas vidas e bem-estar”. Dizem basta aos currículos atuais e pedem um ensino antirracista, responsável, múltiplo, para todas as pessoas.
“Marchamos contra o conservadorismo que paira sobre o nosso concelho, e que traz consigo um cinzentismo que não faz o nosso género”, dizem, lembrando que desde 1976 que as Caldas é governada por executivos de direita. “A luta não vai parar enquanto não pudermos viver vidas seguras, dignas, respeitadas no nosso município, ou em qualquer terra”, asseguram.
Os ativistas contestam a “eleição de um deputado de um partido de extrema-direita pelo distrito de Leiria”, assim como “todas narrativas e agendas políticas racistas e xenófobas”. Lutam por salários dignos, contra as condições de contratação, trabalho e despedimento abusivos e a descriminação relativa à sua identidade e expressão de género, ou orientação sexual. Saem à rua também por acesso a habitação digna e acessível e por melhor acesso a cuidados de saúde para pessoas LGBTQI+.
Para o próximo dia 24, pelas 16h30, está agendada uma reunião aberta no Jardim da Água. ■