Vários centenários e datas especiais, serão assinalados nos próximos anos, que exigem das autarquias comemorações condignas
Dentro de três anos celebra-se o centenário da elevação das Caldas a cidade e “terá de ter a grandiosidade que uma efeméride desta natureza merece”, reconheceu o presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques. Já antes, também o antigo autarca, Fernando Costa, tinha falado na efeméride, deixando a proposta ao executivo para promover a continuidade da monografia “Terra de Águas”, que termina em 1927, tendo apenas depois uma cronologia de acontecimentos até ao início da década de 80. “Há muitos documentos e contributos, mas é preciso ordená-los e sintetizá-los”, disse, acrescentando que se tratou de um período em que as Caldas cresceu muito. Fernando Costa destacou os contributos dos historiadores Luís Nuno Rodrigues e Mário Tavares (presentes no evento) e prestou também homenagem a João Serra (falecido em 2023), pela sua investigação da história das Caldas da Rainha.
Vítor Marques lembrou ainda que no próximo ano serão assinalados os 150 anos do Zé Povinho (12 de junho de 1875), criação de Rafael Bordalo Pinheiro, os 500 anos da morte da rainha D. Leonor, que se assinalam em novembro do próximo ano também, ou ainda a volta a Portugal a Cavalo, que assinala um século. Na cerimónia, e socorrendo-se dos últimos Censos, o autarca deu nota do crescimento de 7% das Caldas, embora haja freguesias que estão a perder população. “São os tempos modernos”, disse, lembrando que esta é a “única cidade na zona Oeste que tem mais fluxo de entrada do que de saída de população”.
O anfitrião das celebrações deste ano, o presidente da União de Freguesias de Nossa Sra do Pópulo, Coto e S. Gregório, Pedro Brás, destacou a importância da efeméride e do seu valor histórico. Por sua vez, Guilhermina Moura, representante da Assembleia de Freguesia, partilhou que escolheu esta cidade para viver, após terminar os estudos na ESAD. “Das Caldas da Rainha gosto da sua história, qualidade de vida, dinâmicas e sinergias, das partilhas de saber e até da imprevisibilidade tempo”, disse, deixando um apelo a todos para que cuidem, planeiem e façam parte da estratégia de futuro da cidade. Também presente, Nuno Aleixo, presidente da União de Fregueisas de Santo Onofre e Serra do Bouro, lembrou que esta sempre foi uma cidade de acolhimento e, falando de futuro,formulou o desejo de que a cidade continue a “saber receber bem” quem a escolhe para viver.
A representante da Assembleia Municipal, Alice Gesteiro, partilhou que viveu umas das áreas características das Caldas, a cerâmica, lembrando o seu percurso profissional na Secla. No final, os presentes receberam um presente, o sabonete “rainha D. Leonor”, criado por Sandra Martins com água termal e que tem agora uma nova imagem, criada por Manuel Bandeira Duarte. ■