São exactamente 36.260 Kg de lixo que desde Novembro do ano passado foram retirados do interior dos Pavilhões do Parque. A maior parte corresponde a papel e cartão (cerca de 33.000 Kg), mas também já se retiraram materiais e equipamentos eléctricos, monos, madeiras, 42 extintores e vasilhames com produtos contaminados. Actualmente, 41% da área dos Pavilhões está totalmente limpa, faltando apenas iniciar a limpeza em 11% do espaço (700 m2). Na restante área – 3100 m2 – já se iniciou a retirada de lixo, mas ainda não se concluiu o processo.
Esta acção foi iniciada pela Câmara quase um ano após a autarquia ter assumido a gestão do património termal, Parque e Mata, com a justificação de que só foi possível avançar com os trabalhos após o Centro Hospitalar do Oeste ter retirado alguns equipamentos que ali estavam armazenados.
“Os trabalhos têm tido como prioridade retirar peso dos pisos superiores para aliviar a estrutura do edifício, assim como materiais que possam ser fontes de ignição”, indica um relatório provisório da Câmara ao qual a
Gazeta das Caldas teve acesso.
Por mais de uma década, o CHO usou os Pavilhões do Parque como armazém de equipamentos e arquivo de documentos, mas estes nem sempre estiveram bem guardados. Aliás, há bem pouco tempo, em Outubro de 2015, o nosso jornal publicou um artigo dando conta que o acesso ao interior dos Pavilhões era possível a qualquer cidadão, através de portas e janelas que não estavam sequer fechadas. Em causa estava não só o acesso a documentos confidenciais como o risco de vandalismo deste património histórico da cidade.
Em resposta à
Gazeta, a Câmara adiantou que o Centro Hospitalar já fez a escolha e recolha dos ficheiros que queria salvaguardar e confirmou que
“um dos principais problemas com que nos deparámos estava relacionado com portas e janelas arrombadas, ou mesmo com a inexistência das mesmas, e até com portões que estavam abertos por falta de arranjo, o que potenciava o vandalismo nos Pavilhões”. Entretanto já foram arranjadas e colocadas portas, mudadas fechaduras e arranjados os portões.
O lixo recolhido pela autarquia tem sido entregue na Valorsul para reciclagem e tratamento, prevendo-se que as operações de limpeza terminem em Setembro.