Interdito há vários anos, o cais da Foz será demolido. A zona será integrada na requalificação da frente lagunar
A Câmara das Caldas da Rainha prevê proceder à remoção do cais da Foz, na Lagoa de Óbidos, até ao final deste mês. “Será retirado na maré baixa para ter o menor impato possível”, explicou o autarca Vítor Marques à Gazeta das Caldas.
A estrutura, que serviu de apoio aos barcos, tem interdita a sua utilização desde há anos a esta parte e com o tempo tem-se deteriorado. Foi contatada a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a junta de freguesia da Foz do Arelho, a associação de mariscadores, o Turismo e a Capitania para, em conjunto, perceberem se fazia sentido a sua remoção ou, em alternativa, a requalificação, “mas seria bastante dispendioso e não tem uso”, explicou o autarca. Depois de retiradas as ruínas do cais, o espaço será integrado no projeto de reabilitação de toda aquela zona, que contemplará um cais num local que ainda não está definido.
A autarquia caldense, em conjunto com a Junta de Freguesia da Foz tem vindo a concretizar um conjunto de melhoramentos, como a colocação de 400 metros lineares de passadeiras no areal da praia da Lagoa e a requalificação de uma das entradas da lagoa, no início da Avenida do Mar, para facilitar a acessibilidade dos veraneantes. Junto ao cais será recuperado o parque infantil que já ali existiu, bem como algum equipamento de lazer.
“Em dos alguns casos são apenas paliativos, enquanto não fazemos obras de maior monta, com o objetivo de dignificar o espaço e torná-lo mais atrativo para utilização por parte das pessoas”, explicou o presidente da Câmara.
A proposta de requalificação da frente marítima e lagunar foi apresentada a 12 de junho do ano passado, pelo anterior executivo e foi inclusivamente criticada pelo movimento Vamos Mudar, por se tratar de uma manobra eleitoral. Na altura, o arquiteto Pedro Mendonça, da Inplenitus, empresa responsável pela concretização do projeto, no valor de 100 mil euros. apresentou uma proposta que previa uma construção faseada, em fase 1 e 2 (zona dos bares e zona do cais) ou a construção em conjunto, sendo que seria dada prioridade à Avenida do Mar. O atual executivo já deu indicações ao arquiteto responsável para iniciar uma proposta para que seja antes projetada a intervenção para a zona do cais em detrimento da zona da Avenida do Mar, que está em melhores condições, referiu o autarca. ■