Câmara rejeita saída da farmácia de Alvorninha

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A farmácia de Alvorninha funciona desde 2010
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Proprietários evocam viabilidade da farmácia para a deslocalizar para as Caldas, mas o executivo decidiu que deve manter-se na aldeia

O pedido de transferência para as Caldas, por parte da empresa Farmácia Neto Lda, que detém um alvará da farmácia em Alvorninha, foi recusado pelo executivo municipal, na passada segunda-feira.
A funcionar desde 2010, a Farmácia, propriedade de três sócios, todos eles farmacêuticos, justificou o pedido de transferência com o facto de existir outra farmácia a 2 quilómetros de distância, nos Vidais, e de a operação não ser viável financeiramente.
A Câmara considera “não sentir condições” para abdicar de uma farmácia em Alvorninha e lembrou os investimentos que têm sido feitos com o objetivo de dotar as freguesias com melhores condições e fixar a população nas zonas mais rurais do concelho. Vítor Marques recordou que os Censos mostram um aumento de 70 pessoas com mais de 65 anos na freguesia, facto que vai de encontro à necessidade da valência de farmácia. Reconheceu as dificuldades económicas da farmácia e lamenta se os proprietários não tiverem condições de a manter.
Também Maria João Domingos (PSD) destacou o investimento e vontade do executivo em “criar os equipamentos necessários às populações que estejam mais afastadas da zona urbana das Caldas e a garantia que essas pessoas sintam que estão a viver em pleno no concelho”. O vereador socialista, Luís Patacho, destacou que a autarquia teve em conta critérios como a necessidade de salvaguardar a acessibilidade da população aos medicamentos, a sua comodidade, a viabilidade económica da farmácia, a melhoria ou aumento dos serviços farmacêuticos de promoção da saúde e bem estar dos utentes. Luís Patacho recordou ainda que a decisão da Câmara, já tomada em 2015, foi no mesmo sentido e acrescentou que “o que se possa ganhar na cidade não vai salvaguardar a perda de Alvorninha, porque existem sete farmácias na cidade”.
Paulo Neto Freire, farmacêutico e sócio da empresa Farmácia Neto Lda, considera que esta foi, “sem qualquer dúvida, uma má decisão da câmara” e que irão “obviamente, recorrer da decisão”. Salienta a proximidade da farmácia dos Vidais, que já serve a população de Alvorninha e que um dos compromissos assumidos seria a intalação de um Posto Complementar de Saúde. Por outro lado defende que os habitantes de toda a zona da entrada norte da cidade só têm a ganhar com a instalação da nova farmácia em frente ao Continente, no local da antiga Secla. “Não quero acreditar que a câmara tenha cedido a pressões dos proprietários das atuais farmácias da cidade”, diz, realçando que a cidade “merece uma nova farmácia”, com um FarmaDrive, “uma solução moderna e cómoda para a população”.

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