Centro de Desenvolvimento Comunitário do Landal vai ser reabilitado

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A cerimónia decorreu no salão nobre dos Paços do Concelho caldense

A obra, em parte do edifício sede, representa um investimento total de 83.650€, comparticipado pelo Governo em metade do valor

Parte do edifício-sede do Centro de Desenvolvimento Comunitário do Landal (CDCL), construído em 1975 e que se encontra em elevada degradação, vai sofrer obras de reabilitação e ampliação. O contrato-programa de financiamento no âmbito do “Programa de Equipamentos Urbanos de Utilização Coletiva”, foi assinado no passado dia 27 de julho, na Câmara das Caldas, numa cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel.
Através deste protocolo, o Estado comparticipa com cerca de metade do valor da obra, orçada em 83.650€. A intervenção incidirá sobre parte do edifício que ainda tem telhado de cerâmica e estrutura de madeira, já podre e a cair. “As salas, de secretariado e contabilidade, já foram retiradas de lá porque não tinha condições e o Museu Rural do Landal deixou de ter acesso devido à deterioração”, explicou o presidente da direção do CDCL, José Manuel Paz.
Depois da reabilitação os serviços voltarão a funcionar naquela ala e haverá uma área destinada ao desenvolvimento cultural. A associação, que possui valências de centro de dia, apoio domiciliário e apoio domiciliário integrado, e possui uma loja social, emprega 18 pessoas e com esta intervenção criará mais quatro postos de trabalho.
“Temos também ações de formação a decorrer. A nossa área de abrangência é de cerca de seis mil pessoas, pois tocamos os concelhos das Caldas, Rio Maior e Cadaval”, explica José Manuel Paz. O responsável destacou ainda que, na sequência do encerramento da extensão de saúde, criaram um gabinete médico que disponibiliza consultas de neurologia, clinica geral, nefrologia e psiquiatria, a 15 euros aos utentes.
O presidente da Junta do Landal, Armando Monteiro, agradeceu esta “boa notícia” para a freguesia, lembrando os problemas com que se deparam, nomeadamente ao nível da falta de internet e redes telefónicas, levando a uma crescente desertificação. O autarca, que aproveitou a ocasião para pedir a Carlos Miguel a instalação de fibra ótica na freguesia, reconheceu que este apoio estatal é uma “mais valia para radicar alguns moradores e para o desenvolvimento da terra”.
O presidente da Câmara das Caldas deixou a garantia de que o apoio do Estado será complementado pela autarquia. Lembrou ainda as dificuldades que algumas IPSS estão a ter ao nível da manutenção, tendo de recorrer, inclusive, ao fundo de socorro de emergência e pediu para que também a administração central as possa apoiar.
Vítor Marques referiu ainda que atualmente estão a construir duas creches, nas localidades de Ramalhosa e A-dos-Francos, também com o objetivo de fixar e captar população para estas freguesias.
Nas Caldas, o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, deixou a garantia de que a fibra óptica vai ser uma realidade no próximo ano e explicou que o processo demorou mais tempo porque uma equipa da universidade esteve a fazer o levantamento exaustivo de todos os locais onde ela não chegaria, de forma a que não existam zonas brancas. Informou ainda que no próximo quadro comunitário as Juntas de Freguesia e as associações vão poder candidatar-se a fundos. As Juntas vão ter acesso a fundos para obras, como a instalação de Espaços de Cidadão nas suas sedes, e haverá também avisos para a recuperação de espaços associativos, desportivos e culturais.
“Queremos criar programas que estejam muito ligados ao território, às pequenas necessidades e que resolvem muito da nossa vida”, concluiu o governante. ■