
Equipamento ficará em antiga escola no centro da vila
Até final do ano deverá abrir as portas, no Bombarral, o CIGO – Centro Interpretativo do Geoparque do Oeste. A revelação foi feita, na passada segunda-feira, numa antiga escola do ensino básico no centro da vila, pelo coordenador-executivo do ‘aspiring’ Geoparque do Oeste, Miguel Reis Silva.
O espaço, cedido pela Câmara do Bombarral, foi palco de uma cerimónia evocativa do Dia da Árvore, com a plantação de oliveiras pelos representantes políticos dos municípios envolvidos no projeto, auxiliados por alunos do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas Fernão do Pó.
Na ocasião, a comitiva visitou pela primeira vez o espaço que acolherá o CIGO, que numa primeira fase terá pequenas obras de recuperação e adaptação para acolher o que será a principal porta de entrada do futuro geoparque oestino. Para uma fase posterior fica a grande intervenção, que, para além de uma loja, uma grande sala de exposições e um pequeno auditório, incluirá a Sala dos Geoparques Mundiais da UNESCO, Sala Associação Geoparque do Oeste e a Sala das Alterações Climáticas.
O orçamento total para o futuro CIGO deverá rondar os 200 mil euros e a Associação Geoparque do Oeste (AGEO) aguarda a abertura de candidaturas a fundos públicos para apresentar o projeto de financiamento. Para uma terceira fase está equacionado, no exterior, um jardim pré-histórico e um espaço sensorial, onde os visitantes poderão conhecer algumas das espécies autóctones e ter experiências, por exemplo, com rochas.
Segundo Miguel Reis Silva, “o CIGO será também uma montra dos municípios que compõem o ‘aspiring’ Geoparque do Oeste [aGO] e, como tal, será possível ficar a conhecer as praias, a serra, os espaços museológicos, centros de interpretação, festas e romarias que o distinguem de outros geoparques mundiais e respetivos aspirantes”.
Estão envolvidas no aGO as autarquias do Bombarral, Cadaval, Lourinhã, Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, ao que se juntou posteriormente Alenquer. A entrada da autarquia alenquerense só deverá ocorrer após a decisão oficial de constituição do geoparque, pela UNESCO, que se perspetiva entre 2025 e 2026. O mesmo poderá acontecer com Óbidos, cujo anterior executivo decidiu abandonar o projeto, mas a nova liderança já mostrou informalmente interesse em regressar à AGEO.