Uma dezena de artistas locais foram convidados a criar uma peça para assinalar o centenário do jornal. O resultado pode ser apreciado na exposição “100 anos, 10 autores, 10 obras”
Gazeta das Caldas dá início às comemorações do seu centenário com a exposição “100 anos, 10 autores, 10 obras”, que reúne obras de cerâmica e ilustração de Bruno Reis Santos (Mantraste), Carlos Enxuto, C’Marie, Fernando Miguel, Isabel Claro (Bolota), Manuel Bandeira Duarte, Mário Reis, Nuno Bettencourt, Sílvia Jácome e Vítor Mota. A mostra, inaugurada na tarde de 16 de maio, encontra-se patente no Museu do Hospital e das Caldas até ao final do mês.
Foram convidados 10 artistas locais a desenvolverem, cada um, uma obra inédita, que será replicada em 10, devidamente numerada, numa edição limitada e comemorativa. A mostra tem, assim, o propósito de apresentar o resultado final, num diálogo entre as várias linguagens plásticas, exposto num Museu que é também parceiro da Gazeta das Caldas em várias iniciativas, nomeadamente a Regata no Parque D. Carlos I, que se realiza anualmente, em junho.
A “iniciativa que associa a Gazeta ao mundo das artes nas Caldas da Rainha”, foi destacada pelo presidente do conselho de administração da Cooperativa Editorial Caldense (que detém o jornal), Filipe Mateus, que deu conta que mais ações serão dinamizadas para assinar o centenário, que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República.
As 10 peças que assinalam o centenário da Gazeta das Caldas
A importância da imprensa
Também presente na cerimónia, o presidente da Câmara, Vitor Marques, destacou a importância que a Gazeta das Caldas tem na comunidade. “Todos nós já nos cruzámos com a Gazeta em qualquer momento”, disse, lembrando que a imprensa escrita atravessa tempos difíceis. “Desprezamos a leitura em papel e detrimento de outras leituras”, referiu, apelando a todos para que estejam atentos às dificuldades que a comunicação social atravessa. “Da mesma forma que a Gazeta esteve sempre muito atenta àquilo que se passava na nossa realidade, hoje também cabem-nos a nós todos, estarmos muito atentos àquilo que se passa na Gazeta, mas também na generalidade da imprensa”, disse apelando ao comprometimento de todos para que não se perca a “comunicação social livre e democrática”.
O autarca destacou o trabalho, a disponibilidade dos artistas locais e o carinho que mostraram para com a Gazeta das Caldas.
“É bastante bom temos um jornal com esta relevância para a comunidade, e artistas, também, com esta dimensão”, resumiu.
“Queremos que este museu seja uma peça viva da cidade e que todos o habitem, e estas iniciativas contribuem para o manter ligado com toda a comunidade”, referiu Elsa Baião, presidente do CA da ULS Oeste. A responsável deixou ainda um agradecimento à Gazeta das Caldas por “tantos anos de história, pelo seu papel de informar e recolher memórias”, lembrando que a comunicação social tem este papel de, mesmo não sendo uma entidade pública, fazer serviço público.
“Desejo que continuem, sempre com o rigor e com a qualidade com que têm trabalhado”, manifestou Elsa Baião, deixando a disponibilidade para continuarem a ser parceiros.
As peças patentes na exposição encontram-se à venda, sendo a sua edição numerada e limitada a 10 exemplares, O custo unitário é de 100 euros, podendo ser encomendadas na Gazeta das Caldas ou online. A mostra estará patente até 30 de maio.