Intervenção entre Caldas e Louriçal é fundamental para a viabilidade da linha
“A Linha do Oeste influencia concelhos que, no seu conjunto, representam mais de um milhão de pessoas”. Palavras de Rui Raposo, porta voz da Comissão de Defesa da Linha do Oeste, que pretenderam mostrar a importância e potencialidade da linha que “tem sido mal tratada ao longo dos anos”. O dirigente falava na sessão pública, que teve lugar a 7 de julho, na biblioteca municipal das Caldas, dedicada ao futuro da Linha do Oeste.
Com as obras de modernização e eletrificação até às Caldas a decorrer, e a previsão da sua conclusão no primeiro semestre de 2024, Rui Raposo deixou o alerta para o atraso que se tem registado no primeiro troço, sobretudo entre Meleças e Torres Vedras. O responsável realçou a necessidade de eletrificação da Linha até ao Louriçal, cujo processo ainda não avançou, e que permitirá que esta fique eletrificada até Coimbra. Para além disso, é também “imperiosa” ligação à Linha de Alta Velocidade em Leiria e a nova ligação a Lisboa, através da alteração do traçado a partir de Torres Vedras. “Se for possível fazer a ligação a Loures, depois à linha da cintura interna, com comboios eletrificados, a linha ganhará a sua natureza suburbana, sendo uma alternativa aos muitos autocarros que saem, diariamente, de Torres Vedras”, defendeu Rui Raposo, destacando as mais valias do ponto de vista económico e ambiental.
Outra das preocupações da comissão cívica prende-se com a falta de comboios híbridos para dar resposta aos utentes. De acordo com Rui Raposo, há um concurso a decorrer, “francamente atrasado” e há a possibilidade dos novos comboios, espanhóis, só estarem prontos em 2026. Para além disso, a quilometragem dos comboios que atualmente circulam nesta linha, está a “chegar ao limite” e terão de voltar a Espanha. Estas questões serão abordadas na reunião prevista para a passada quarta-feira (após o fecho da edição), com o secretário de Estado das Infraestruturas. ■