Conduzir durante a gravidez

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Gazeta das Caldas
A correcta colocação do sinto de segurança e uma distância de cerca de 25 centímetros entre o volante e a barriga aumentam a segurança durante a gravidez | D.R.

Quando uma mulher engravida levanta-se muitas vezes a dúvida se deve, ou não, continuar a conduzir. A decisão final caberá sempre à própria, que pode consultar o seu médico sobre este tema, mas os responsáveis de segurança da Seat deixam alguns conselhos que podem ajudar a tornar as viagens mais seguras para gestante e feto.
As dúvidas que se levantam podem ser várias, a começar pelo impacto que o cinto de segurança pode ter no feto. O uso deste mecanismo de segurança continua a ser fundamental para a segurança, mesmo para uma condutora grávida. O impacto do volante em caso de embate ou travagem brusca pode ocasionar lesões graves, como descolamento da placenta ou ruptura uterina.

No entanto, para que o cinto seja seguro também para o feto deve ser colocado com alguns cuidados. O cinto ventral deve ser colocado na posição mais baixa possível, de forma a segurar a mãe pela zona da pélvis, evitando-se a compressão da barriga, que afetaria o feto em caso de esforço. O mesmo cuidado deve ser tido com a banda diagonal, que deve evitar a barriga apoiando-se na zona da clavícula, passando entre os seios para o abdomen lateral.
Aumentar a distância entre o volante e barriga é também aconselhável. Esta deve ser de cerca de 25 centímetros. O airbag também é obrigatório e não deve ser desactivado, nem quando a futura mamã viaja no lugar do passageiro.
Mas muitas vezes a dúvida entre conduzir ou não conduzir surge também por questões de conforto. Os especialistas da marca espanhola realçam que conduzir no primeiro trimestre de gestação é diferente de o fazer no segundo ou terceiro, e deixam também alguns conselhos a este respeito.
É necessário ir ajustando o banco à medida que a barriga cresce, mantendo a posição das costas tão direitas quanto possível e uma correcta posição sentada.
A banda pélvica colocada por baixo do ventre, sobretudo em fases mais adiantadas da gravidez, pode tornar a viagem mais cómoda, mas o seu uso não é obrigatório.
O que também ajuda é a utilização de roupa e calçado cómodos, e manter uma condução tranquila, aumentando as distâncias de segurança e adoptando uma abordagem à estrada e aos obstáculos mais preventiva do que reactiva, evitando assim manobras bruscas.
As viagens longas são desaconselhadas, até porque o apetite tem tendência a aumentar e o tempo entre visitas à casa de banho para diminuir. Caso seja necessário realizar viagens mais longas, torna-se útil prever paragens frequentes, que devem ser aproveitadas para caminhar e activar a circulação.
Emmanuel de Sostoa, ginecologista que colabora com a Seat, diz que não há uma altura indicada para deixar de conduzir, mas realça que deve imperar o bom senso. A altura é quando a condução se tornar incómoda para pré-mamã. E o mais comum é isso acontecer no último mês de gestação. J.R.