Iniciativa realizou-se durante o passado sábado, na Expoeste, e trouxe às Caldas mulheres de todo o país.
No passado sábado, 15 de outubro, a Expoeste recebeu a VII Conferência das Mulheres da Convenção das Assembleias de Deus. A iniciativa, que decorreu ao longo de todo o dia, trouxe às Caldas mais de 4.200 mulheres de todo o país, que aqui tiveram a oportunidade de conviver, orar, cantar e adorar Jesus Cristo.
O encontro prolongou-se durante todo o dia e, pelo almoço, as participantes realizaram um piquenique no exterior do pavilhão de exposições, num momento de confraternização.
Paulo Branco, presidente da Convenção das Assembleias de Deus, recordou que no próximo ano a instituição celebra o 110º aniversário em Portugal.
“Temos mulheres em Portugal que fundaram igrejas, a de Évora foi fundada por Isabel Guerreiro em 1932 e foi consagrada em 1939”, explicou Paulo Branco.
Esta reunião de mulheres, que é feita a cada dois anos, surgiu da necessidade de criarem um evento feito especialmente por e para mulheres. Até porque cerca de 70% dos elementos que fazem parte destas igrejas são mulheres e muitas destas são ativas. “As mulheres são uma das forças da nossa Igreja”, exclamou.
Os encontros são, deste modo, uma forma de “renovar de forças, de estarem juntas, de compartilhar e confraternizar, de se encontrarem e de se conhecerem”, explicou o presidente da convenção, acrescentando que as mulheres “são muito importantes no nosso trabalho espiritual, social e também no ensino aos mais novos”.
Este foi o segundo encontro de mulheres realizado nas Caldas – o primeiro havia sido em 2009. “Este é um evento com muita pujança, que cada vez envolve mais mulheres”, fez notar.
O mesmo responsável contou que, na preparação do evento, se depararam com problemas relacionados com a falta de disponibilidade de autocarros.
“O nosso objetivo era ter reunido cerca de seis mil mulheres neste encontro, mas nalgumas cidades não foi possível alugar autocarros”, disse à Gazeta.
Segundo o mesmo responsável, a Assembleia de Deus tem atualmente cerca de 45 mil membros em Portugal. Nas Caldas são entre 300 e 400 fiéis que participam ativamente na estrutura.
A existência desta Igreja na cidade termal é já antiga e, conta Paulo Branco, que “sofreu muita perseguição nos seus inícios, com apedrejamentos. O início da obra, nos anos 40 do século passado, não foi fácil, mas foi ultrapassado”, realçou.
O presidente da Câmara das Caldas salientou o “grande trabalho feito na nossa comunidade” pelo pastor Manuel Matos e pela própria Assembleia de Deus.
“Têm um peso importante, pelo trabalho que desenvolvem, a forma como se unem, como confraternizam, como são solidários, é muito importante para a nossa comunidade ter uma Assembleia de Deus como a vossa”, resumiu Vítor Marques.
O autarca frisou ainda que este é um “grupo que dá muito de si às Caldas” e que contribui para o equilíbrio social.