Construção de imóveis e pedidos de licenciamento crescem na região

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Caldas da Rainha teve 74 edifícios de habitação novos em 2017, situando-se entre os 30 municípios do país com mais construção.
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Em Portugal, o número de edifícios licenciados cresceu 16,3% no último trimestre do ano passado, face ao período homólogo, e os edifícios concluídos registaram um acréscimo de 12,3%, segundo dados do INE. A nível regional os dados mais recentes são ainda de 2017, mas também apontam para o crescimento do sector no Oeste. De 2016 para 2017 os licenciamentos aumentaram 6,9% e os edifícios concluídos aumentaram 29,7%.

Caldas da Rainha foi mesmo dos concelhos do país com mais edifícios de habitação concluídos em 2017, dentro do top 30, segundo dados publicados em Novembro do ano passado pelo Pordata. No total, foram concluídos 74 edifícios de habitação, que comparam com os 30 concluídos em 2016, ou seja, um crescimento de 146%.
Do total de edifícios, 67 são construção nova e os restantes sete são recuperação de edifícios antigos. Só há 15 municípios no país com números superiores em termos de construção nova e estão, na maioria, no Norte do país. São eles, por esta ordem, Braga, Vila Nova de Famalicão, Guimarães, Seixal, Barcelos, Leiria, Viseu, Lousada, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia, Setúbal, Penafiel, Almada, Vila Verde e Paredes.
Em Óbidos, a conclusão de edifícios para habitação também cresceu, na ordem dos 56%. Em 2017 foram acabadas 39 obras deste género naquele concelho, contra as 25 terminadas em 2016. Do total de obras concluídas em 2017, 31 eram de construção nova e as restantes reabilitação de imóveis.
Ainda no que à construção de imóveis diz respeito, ambos os concelhos cresceram acima da média da região onde estão inseridos. No Oeste foram concluídas 380 obras em 2017, mais 29,7% do que no ano anterior.

LICENCIAMENTOS DIMINUÍRAM EM ÓBIDOS

Em relação aos licenciamentos, nas Caldas da Rainha foram emitidas 87 novas licenças de construção – das quais 77 para construção nova –, mais 33,8% do que em 2016, quando tinham sido autorizadas 65 obras. Também nestes novos licenciamentos Caldas da Rainha cresceu bastante acima da média do Oeste. Na região é o terceiro concelho com maior número de licenciamentos, superado apenas por Alcobaça (91) e Torres Vedras (120).
Na região, o número de licenciamentos cresceu 6,9%, passando de 478 em 2016 para 599 em 2017.
Em Óbidos houve uma regressão nos pedidos de licenciamento, o que no Oeste só foi acompanhado pelo concelho do Bombarral. Em Óbidos foram emitidos apenas 11 licenciamentos em 2017 (todos referentes a construção nova), quando no ano anterior tinham sido 23 as autorizações emitidas. Óbidos foi também o concelho com menos novas licenças de construção para habitação, com as mesmas que Sobral de Monte Agraço.

PREÇOS AUMENTARAM

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Relativamente aos preços dos prédios transacionados, em 2017 houve uma inflação de 8,4% no Oeste, atingindo-se um preço médio de 73.300 euros, contra os 67.600 do ano anterior, segundo o Pordata. Desde o início da deste milénio, o preço médio aumentou 83%, era então de 40.000 euros.
Nas Caldas, entre 2016 e 2017 houve uma redução de 1% no preço médio das habitações transacionadas, de 71.100 para 70.000 euros. Em 2000 o preço médio era de 42.600 euros. Há, no entanto, uma leitura que se pode fazer destes números. É que Caldas da Rainha estava, neste capítulo, acima da média da região, mas em 2017 houve uma inversão e o concelho passou a estar abaixo da média.
Esta redução deve-se à desvalorização dos prédios rústicos, cujo preço médio desceu 6000 euros, para 19.400 euros. Nos prédios urbanos o preço valorizou, ainda que de forma residual, para 84.700 euros em média.
Em Óbidos, que já era o concelho com os preços médios mais elevados, o que se justifica pelos elevados preços das habitações nos empreendimentos turísticos, viu o preço médio por transação subir 3,9%, para 121.200 euros. Desde o início do milénio o valor médio subiu 142% neste concelho, era então 49.900 euros.
Os concelhos do Oeste onde as casas são mais baratas são o Cadaval e o Bombarral.
Ascendente foi também o movimento da avaliação bancária dos alojamentos, segundo dados do Pordata. No Oeste, o metro quadrado foi avaliado em 2017 a uma média de 984 euros, mais 60 euros do que em 2016, ou seja, com uma variação de 6,5%.
O concelho em que o metro quadrado é mais caro, foi também o que teve uma subida mais acentuada: Óbidos. Neste concelho a avaliação média dos bancos foi de 1191 euros/ m2 em 2017, mais 220 euros do que no ano anterior. Com uma subida de 22,6%, Óbidos superou a Nazaré, onde o me2 foi avaliado em média a 1138 euros.
Nas Caldas, os preços também subiram, mas abaixo da média da região. Em 2016 o m2 foi avaliado a 916 euros, passou no ano seguinte para 961, com uma subida de 4,9%.
Apenas no Cadaval o preço sofreu uma desvalorização, de 1,3% para 774 euros/ m2. Este é também o concelho onde o preço é mais reduzido.

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