Decidida a criação da Associação Portuguesa de cidades e vilas de cerâmica

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Gazeta das Caldas
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DSC_0107Vários municípios portugueses vão integrar uma nova associação, dedicada à promoção das cidades e vilas portuguesas com tradição cerâmica.
A primeira reunião teve lugar a 13 de Janeiro em Mafra e nela estiveram presentes representantes dos municípios de Mafra, Caldas da Rainha, Alcobaça, Tondela, Reguengos de Monsaraz, Redondo, Ílhavo, Barcelos e Aveiro. Já está marcada um segundo encontro, que deverá ter lugar em Fevereiro, nas Caldas da Rainha para apreciação dos estatutos.

A nova associação vai designar-se Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica (AptCC) e do núcleo inicial farão parte os 9 concelhos presentes, seguindo a fórmula adoptada no resto da Europa.
Representantes destas localidades – autarcas, investigadores e técnicos das autarquias – reuniram-se em Mafra, a 13 de Janeiro, para acordar a criação da Associação que tem como objectivo estratégico promover as cidades e vilas portuguesas com tradição cerâmica e a criação artística e a difusão da cerâmica contemporânea.
A associação, que abrange o território continental e as regiões autónomas da Madeira e Açores, vai também integrar e colaborar com as associações congéneres, da Europa e com outras entidades similares dos países europeus ou do resto do mundo.
O conjunto destes municípios – aos quais poderão aderir entretanto outros – comprometem-se a, nos próximos meses, formalizar e a dar conteúdo legal a esta associação. Esta acção vai permitir à nova entidade portuguesa fazer parte do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial das Cidades Cerâmicas AEuCC), uma instância europeia que já reúne, as congéneres de Itália, França, Espanha, Roménia e Alemanha, com mais de uma centena de municípios. Este agrupamento tem como objetivo levar a cabo estratégias e ações de cooperação territorial, tornando a cerâmica – em todas as suas vertentes – num instrumento para reforçar a coesão económica, social e territorial, prevista no Título XVIII do Tratado da União Europeia.
Em breve, um comité constituído por alguns destes municípios vai elaborar os instrumentos necessários para a concretização legal desta associação, que será submetida em plenário a todos os municípios interessados. Estes devem ter ligação histórica, patrimonial ou criativa à cerâmica (seja nas suas dimensões de produção artesanal ou industrial com base histórica ou criativa, utilizando vários  materiais, desde a olaria à porcelana, incluindo o grés e a faiança), e que desejem aderir e participar nas suas acções e actividades.
Actualmente o Agrupamento Europeu tem em curso as mesmas diligências feitas em Portugal para constituir associações na Polónia, Eslovénia, República Checa e outros países europeus.
O Agrupamento Europeu já é um interlocutor importante com as várias instâncias europeias, para a defesa da atividade e herança patrimonial cerâmica, nomeadamente junto da Comissão e do Parlamento Europeu.
Portugal, continental e insular – devido à sua riqueza em argilas e barros – possui perto de uma centena de concelhos, com tradição na produção cerâmica artesanal e industrial com  raízes históricas de vários séculos. Estes poderão participar nesta associação e desenvolver atividades para a reafirmação das suas raízes históricas e culturais.

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