
Obras custaram cerca de 2 milhões de euros e revitalizam aquela zona da cidade
A manhã de sábado foi de celebração nas Caldas da Rainha com a inauguração oficial da requalificação da Rua da Estação e da nova ponte pedonal sobre a linha ferroviária. O momento juntou dezenas de pessoas que não quiseram perder a oportunidade de fazer uma curta caminhada na via renovada e atravessar, pela primeira vez, a nova ponte, marcou o encerramento de duas obras que representam um investimento total de cerca de 2 milhões de euros. A intervenção trouxe mudanças significativas à paisagem urbana daquela zona da cidade, com destaque para a criação de uma via partilhada entre automóveis e bicicletas, a introdução da circulação nos dois sentidos, mais lugares de estacionamento e uma nova travessia da linha férrea, com elevador, substituindo a antiga estrutura com cerca de 30 anos.
Na cerimónia, o presidente da Câmara, Vítor Marques, mostrou-se satisfeito por ver concluído um projeto há muito ambicionado pelos caldenses. O autarca sublinhou que esta intervenção integra uma estratégia mais ampla de desenvolvimento da cidade. “Esta é a visão que temos para a cidade, para os caldenses que vivem aqui todos os dias, mas também para todos aqueles que nos visitam”.
Referindo-se às dificuldades de execução e às escolhas políticas necessárias para concretizar a obra, Vítor Marques admitiu que a decisão de avançar implicou deixar outras prioridades em segundo plano. “Optou-se por este investimento agora. É um investimento grande. Estamos a falar de cerca de 2 milhões de euros”, lembrou.
O presidente sublinhou ainda que esta intervenção se articula com outras que decorrem ou estão projetadas noutros pontos da cidade, como na entrada norte e no Bairro Lisbonense. Destacou igualmente a importância de pensar o planeamento urbano a médio e longo prazo. “É uma estratégia de futuro que se tem de pensar de 10 em 10 anos, mas que depois tem que desenvolver trabalho todos os anos. E esse trabalho está à vista”, apontou.
Quanto à ponte pedonal, que vem substituir a antiga, construída há cerca de 30 anos, é o reforço da acessibilidade, através da instalação de três elevadores, mas também da conectividade entre as duas freguesias urbanas. “As freguesias não estão divididas pela linha, estão unidas pela linha, porque a cidade é uma só”, reforçou.
Joaquim Beato, vice-presidente e responsável pelo pelouro do urbanismo e obras públicas, abriu a sua intervenção com entusiasmo, destacando tratar-se de “um dia de alegria para a cidade”. O autarca aproveitou para agradecer a várias entidades e técnicos envolvidos, destacando o papel da IP Património, da empresa de construção e, sobretudo, da equipa técnica da Câmara Municipal. “Estou muito orgulhoso da equipa técnica da Câmara que levou a cabo este processo”, afirmou, sublinhando a competência e arrojo dos profissionais envolvidos.
O vice-presidente referiu ainda a importância da gestão diária e da comunicação constante entre os vários intervenientes para que as obras pudessem avançar, apesar dos atrasos. É que a construção da nova ponte pedonal sofreu um atraso de um ano e três meses face ao cronograma inicial.
Vítor Marques destacou também o impacto positivo que obras públicas como esta têm na dinâmica da cidade, incluindo no setor privado. “Já temos na Câmara Municipal vários projetos de reabilitação de prédios nesta rua”, adiantou, considerando que a renovação do espaço público pode funcionar como catalisador para o investimento particular. “Há que provocar as entidades privadas para também poderem investir”, acrescentou.
Para o edil, esta visão integrada da cidade é fundamental para garantir qualidade de vida aos residentes e atratividade para quem visita.