Enquanto a lagoa de Óbidos aguarda as desejadas dragagens, sistematicamente adiadas, a baía de S. Martinho do Porto foi subitamente brindada com uma draga que está desde há semanas a limpar o fundo do mar, numa operação que deverá durar dois meses.
A explicação é simples: a lagoa depende do Ministério do Ambiente e S. Martinho, por ser um porto, está sob a tutela do Ministério das Obras Públicas que, através do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, tem a missão de proceder às dragagens de conservação.
Aquele instituto executa com regularidade os trabalhos necessários para garantir o acesso das embarcações ao portos, como é agora o caso de S. Martinho, cuja baía estava muito assoreada, tendo as embarcações de recreio cada vez mais dificuldade em entrar e fundear junto ao porto.
A dragagem deverá estar concluída num prazo de dois meses.
Em contrapartida, em S. Martinho volta-se a falar no regresso daquela freguesia às Caldas da Rainha. Um movimento cívico tem distribuído encartes a denunciar a “política de betão” da Câmara de Alcobaça, em contraponto com a das Caldas que, pelos vistos, consideram exemplar.