Obra, no valor de 492 mil euros, com vista à melhoria do conforto e segurança do edifício. IPL prevê um investimento total de 6,3 milhões de euros, financiados pelo PRR, para reabilitação nas suas várias escolas
Com um prazo de conclusão previsto para o final do primeiro trimestre do próximo ano, a intervenção no Edifício Pedagógico 2 da ESAD. CR passa pela sua renovação, reforçando a estrutura na zona do auditório, reparando zonas de infiltrações correntes e recuperando os sistemas de drenagem de águas residuais. Esta intervenção proporcionará também melhorias ao nível da segurança do edifício. No exterior, será efetuada uma requalificação geral, ao nível da cobertura, onde serão revistos os revestimentos (impermeabilizações e isolamentos) e o sistema de drenagem das águas pluviais, bem como ao nível das paredes, que serão lavados e pintados, dando uma nova imagem ao edifício. A obra, realizada no âmbito do projeto “Skills4Future”, é financiada através do PRR e apresenta um valor na ordem dos 492 mil euros.
O presidente do Politécnico de Leiria (IPL), Carlos Rabadão, realçou que a ESAD.CR é atualmente uma “referência” no ensino das artes e do design em Portugal, “reconhecida pela sua qualidade pedagógica, pela inovação nos seus métodos de ensino, pela investigação que desenvolve e pela contribuição significativa para o panorama cultural e artístico do país”. Entende, por isso, que é “muito relevante” o investimento que irá ser efetuado naquele campus, “procurando trazer um conjunto de mais valias que irão contribuir para melhorar as condições na formação dos nossos estudantes”.
O responsável destacou ainda a ligação da escola com a comunidade local e com o tecido empresarial, incentivando a realização de projetos que contribuam para o desenvolvimento regional e que, simultaneamente, proporcionem aos alunos experiências reais de aplicação dos seus conhecimentos.
Enquadrado nos investimentos financiados pelo PRR, Carlos Rabadão, deu nota da intervenção em cinco escolas superiores deste Politécnico, nomeadamente a construção da nova Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) e a requalificação do Hub de Inovação em Saúde, cuja obra já se encontra a decorrer. Foi também criada uma “Learning Factory”, que é um novo laboratório de fabrico digital direto, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que verá também um dos edifícios requalificado. Nas Caldas será requalificado o Edifício Pedagógico 2, da ESAD.CR, e em Peniche, será requalificado o edifício da ESTM e adquiridos equipamentos para a escola. A realização destas obras de requalificação contemplam um investimento total de 6,3 milhões de euros, financiados pelo PRR, e abrangem seis edifícios pedagógicos e científicos.
A obra, a cargo da empresa Datiben, é um passo importante para a escola e comunidade escolar. “Significa que, apesar de estar um pouco escondido, não esquecemos este edifício, que cumpre um papel cada vez mais essencial no funcionamento da escola”, disse o seu diretor, João Santos, que espera, daqui a alguns meses, quando voltarem ao auditório, sentir que valeu a pena este esforço e o tempo dispendido. Acima de tudo, “que os estudantes e os professores que para aqui vêm e os técnicos que aqui trabalham todos os dias, sintam que estão num sítio melhor para aprender, estar e trabalhar”, concretizou.
Também presente na cerimónia, o presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques, manifestou a disponibilidade da autarquia em ser “parte ativa” nos projetos que a escola venha a concretizar. “Sabíamos as patologias que este edifício tinha, a necessidade estava identificada, foi trabalhada e conseguiu-se apoio para este edifício”, referiu, dando também boa nota dos investimentos que o Politécnico de Leiria tem para as várias escolas, mas também para a reabilitação das duas residências de estudantes e a construção de uma terceira. “Ficará ainda aquém daquilo que são as necessidades, mas poderá prestar um maior apoio à escola”, reconheceu.
Construir uma “fábrica” no pinhal
A ESAD.CR está a trabalhar num projeto de ampliação do edifício 2, no pinhal, permitindo-lhe obter mais 2500 metros de área útil para atividades pedagógicas. De acordo com João Santos, o edifício permitirá terem salas novas e espaços amplos. A ideia é a de que possa ser uma “fábrica onde acontece toda a variedade de atividades pedagógicas e experimentais que a escola consegue produzir e libertando também espaço nos outros edifícios, que fazem muita falta, disse, especificando que espera que seja um “edifício bom e que venha, de alguma maneira, ser um marco como o inicial o era, do ponto de vista da arquitetura”. ■