A Confraria do Priapo irá a eleições a 20 de Novembro e sabe a Gazeta das Caldas que há interessados em concorrer. Na última assembleia geral, que decorreu a 23 de Outubro no Centro da Juventude, ficou definida uma comissão para sugerir alterações aos estatutos. Entraram seis novos associados e o relatório de actividades e as contas foram aprovados por unanimidade, numa sessão onde estiveram perto de 20 pessoas.
A Confraria do Príapo mostrou que ainda tem vigor e que ‘o das Caldas’ tem muito potencial para crescer. Na última assembleia, que decorreu a 23 de Outubro, no Centro da Juventude, ficou marcada a data para as eleições, que deverão pôr termo aos anos de inactividade da associação.
O acto eleitoral ficou marcado para 20 de Novembro, data em que uma comissão composta por António Marques, Nicola Henriques, Marina Ximenes, Hugo Oliveira e Rui Vogado, deverá apresentar as sugestões de alterações aos estatutos.
Na assembleia, Edgar Ximenes, que se mantém na presidência até às eleições, esclareceu que não trouxe ninguém para ser novo confrade para não ser mal interpretado e chamou a atenção para a ausência da maioria dos elementos da direcção.
Dos 13 elementos que compõem os corpos sociais apenas quatro marcaram presença. Da Direcção estiveram presentes Edgar Ximenes e Nicola Henriques, tendo faltado Umbelina Barros, Rui da Bernarda, Anabela Martins, Marcos Pinto e Victor Lopes Henriques. Da Assembleia Geral, esteve António Marques e Paulo Félix e faltou Hugo Oliveira. Do Conselho Fiscal, composto por João Frade, Maria da Conceição Colaço e Filipe Duarte António, não apareceu ninguém.
O ainda presidente disse que se a confraria tiver sete vidas como os gatos, vai entrar na terceira e afirmou ter muito orgulho no que foi feito, ainda que assuma as culpas pela inactividade dos últimos anos.
Em relação às contas, e tal como havia explicado à Gazeta das Caldas, realçou que não há dívidas. Quando assumiu a presidência tinham em caixa 555 euros. Foram feitos investimentos para tentar que a confraria se conseguisse autofinanciar. “Tivemos receitas de 2700 euros e despesas superiores a 3000 euros, neste momento a confraria tem 155 euros”, esclareceu.
Ainda assim, a confraria tem em stock alguns produtos nos quais investiu, mas que não vendeu. Estes permitem, pelo menos, igualar os tais 555 euros que tinham em caixa quando assumiram a direcção, em 2011. “As contas estão boas para começar”, afirmou Edgar Ximenes.
Ainda sobre o financiamento, defendeu que a confraria não deve receber subsídios camarários, mas sim apoios a actividades e projectos concretos.
Já em relação ao espólio da associação – que está guardado na garagem de Edgar Ximenes -, o ainda presidente salientou a necessidade de encontrar uma solução, de preferência antes das eleições. “O presidente da Assembleia [Hugo Oliveira] deve fazer diligências para se dar satisfação a um desejo antigo, que se falou várias vezes, que é ter um espaço físico que nunca teve”.
António Marques, vice-presidente da assembleia, presidiu à sessão e esclareceu que não tinha relatório do conselho fiscal. Afirmou que nas Caldas as pessoas são demasiado púdicas em relação ao falo e lembrou a primeira feira da cerâmica, com a passagem do bispo de Leiria pela exposição dos ditos. “Passou que nem um furacão”, recordou.
Um dos confrades, Jacinto Gameiro, disse não compreender os cinco anos de inactividade, salientando o potencial do falo, uma ideia defendida por todos. Ana Marques, recém confrade, deu destaque aos falos tricotados em árvores do parque D. Carlos, que são uma atracção.
José Ramalho afirmou que “só faz sentido existir a confraria se for para marcar a diferença”. Referiu-se ainda à colecção de objectos eróticos de Paulo Moura, um confrade de Coimbra que já várias vezes se disponibilizou para a instalar nas Caldas dela fazendo um museu do erotismo, acrescentando que tal proposta dever ser avaliada.
Paulo Moura, que não esteve presente, enviou antes da reunião, um e-mail para todos os confrades insistindo em que a sua colecção fique instalada nas Caldas.
Quer fazer parte da Confraria?
Para ser confrade da Confraria do Príapo, é necessário ter dois confrades como proponentes, pagar uma jóia de 25 euros e ser aceite pela assembleia geral. Nesta última sessão entraram seis novos sócios, pelo que as contas da confraria já receberam um importante reforço. A confraria conta agora com 54 confrades.