“Encanto-me a passear pelas ruas dos vários bairros de Paris”

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AnaFigueiredoAna Figueiredo
Caldas da Rainha
28 anos
Paris – França
Profissional de comunicação
Percurso escolar: Escola Secundária Raul Proença, Universidade de Aveiro e ETIC – Escola Técnica de Imagem e Comunicação

O que mais gosta do país onde vive?
Adoro andar à vontade na rua, sem que ninguém me conheça. Encanto-me a passear pelas ruas dos vários bairros de Paris, cada qual com o seu estilo próprio, mas com uma arquitectura tão linear e poética, ao estilo de Haussman. Perco-me com a beleza e apresentação gastronómicas, a patisserie, o requinte francês.
Surpreende-me o povo francês pela sua vontade de fazer coisas, as filas de horas em museus, exposições, espectáculos, cinema.
Finalmente, a oportunidade de desempregados poderem visitar museus gratuitamente. Usei, abusei e re-usei enquanto o era, absorvi o máximo que pude.

O que menos aprecia?
Aborrece-me os frequentes problemas nos transportes, demorar horas para chegar a um sítio. Fico triste com a banalização do “accident voyageur”, o aviso mais frequente das paragens das linhas de metro, a forma simpática de anunciar que alguém se atirou para a linha.
O vinho francês desiludiu-me. É o verdadeiro “tem mais fama que proveito”. Para beber um bom vinho tem de se pagar bem.
Alugar um estúdio é uma autêntica dor de cabeça, caríssimo e a maioria tem a sanita nas escadas… a partilhar com o vizinho!

De que é que tem mais saudades de Portugal?
Apesar de gostar de andar na rua sem conhecer ninguém, sinto saudades do convívio bairrista e popular, o simples falar com o senhor da mercearia ou com a senhora que está à nossa frente na fila de espera.
Sonho em poder voltar a ir a um café e pagar menos de um euro por um. Do mesmo modo, ir a um bar e pagar menos de três euros por uma imperial, ir a um restaurante e comer por menos de 20 euros.

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A sua vida vai continuar por aí ou espera regressar?
Vou regressar em breve, outros percursos pianísticos esperam por mim.

“Levo muito daqui a imensa cultura que absorvi e o romantismo. Tanto romantismo.”

 

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