O serviço de urgência do hospital das Caldas “continua com dificuldade em responder às necessidades de assistência”. Quem o diz é José Carlos Gomes, presidente do Conselho de Enfermagem da Ordem dos Enfermeiros (OE), durante uma visita que efectuou na semana passada ao Hospital dos Covões, em Coimbra.
Em declarações à agência Lusa, aquele responsável afirmou em relação às urgências nas Caldas da Rainha que, apesar do “imenso trabalho e dedicação dos profissionais” mantêm-se os mesmos problemas que foram identificados há um ano, quando Paulo Macedo, então ministro da Saúde, se comprometeu em fazer um “investimento para a reorganização física do espaço da urgência e para a contratação de mais recursos humanos”.
O representante da OE mostrou-se preocupado com o facto de estar a chegar a época das gripes e “continuar tudo na mesma, uma situação que põe em causa a segurança dos doentes e também dos funcionários de saúde”.
À Lusa, José Carlos Gomes afirmou ainda que “há um trabalho muito intenso dos profissionais de saúde, concretamente dos enfermeiros, na tentativa de minimizar essas consequências”. Na sua opinião tanto a jusante como a montante do sistema hospitalar “é necessário fazer um investimento diferente daquele que tem sido feito”.
Para o presidente do Conselho de Enfermagem da OE, “isto tem que ser pensado no âmbito de uma rede estruturada daquilo que é o centro hospitalar do Oeste, com as suas diferentes estruturas, pensar o sistema de uma forma integrada desde os cuidados de saúde primários e conseguir desenvolver resposta a nível dos cuidados continuados e dos cuidados paliativos”, afirmou à Agencia Lusa.