A escola vai hoje muito além das aulas, a oferta complementar atinge várias valências para preparar os alunos para o mundo real
As escolas já estão a funcionar em velocidade de cruzeiro. Este ano, nos concelhos das Caldas da Rainha, há cerca de 9 mil alunos, entre público e privado, e o novo ano letivo arrancou com novidades.
Começando pela escola pública, o Agrupamento de Escolas D. João II, que leciona do pré-escolar ao terceiro ciclo, começam com a implementação da Inteligência Artificial na Oferta Complementar justamente no terceiro ciclo.
O objetivo é tornar a aprendizagem de IA “uma experiência envolvente e acessível”, refere a escola, que introduz esta componente adaptada à idade e ao nível de compreensão dos alunos, de modo a promover um ambiente de exploração e inovação. “Vamos ajudar os alunos do terceiro ciclo a desenvolver uma compreensão básica e sólida sobre a IA, as suas aplicações e implicações, preparando-os para um futuro onde esta tecnologia será cada vez mais relevante”, acrescenta.
Outra das novidades, presente no segundo e no terceiro ciclos, foi a criação de um tempo comum Apoio Alunos / Diretor de Turma, no horário da turma. Esta medida visa melhorar a comunicação, promover o desenvolvimento pessoal e académico, o fortalecimento da comunidade escolar, a prevenção e intervenção, o planeamento e organização e a valorização do papel do diretor de turma.
No Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro continua a aposta nos projetos de inovação pedagógica, nomeadamente nas áreas de STEM, com o projeto ‘Cientificamente Divertido’, destinado à Educação Pré-Escolar e ao primeiro ciclo, e nas áreas da literacia da leitura e escrita, com o projeto ‘Foco-Leitura e Escrita’, voltado para o primeiro ciclo e o ensino secundário.
O Agrupamento destaca também o Gabinete de Apoio e Integração ao Aluno Estrangeiro (GAIAE) e o Projeto “LAÇOS”, no âmbito do Programa de Mentorias com o objetivo de integrar alunos estrangeiros ao nível das aprendizagens, relacionamento interpessoal e sociabilização.
O Agrupamento conta novamente com a presença da artista residente Amábile Bezinelli, que, através do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, tem vindo a suprir importantes necessidades, com resultados significativos e um impacto muito positivo na vida pessoal e escolar dos alunos e da comunidade educativa. O projeto pretende desenvolver competências de comunicação expressiva e cultural, colaboração com os pares e desenvolvimento pessoal, pensamento crítico e criativo, bem como, valores e atitudes mais assertivas, qualidades tão essenciais na formação de cidadãos. A Sala de Processos tem desempenhado este papel, através da implementação de projetos artísticos comunitários, nomeadamente do teatro, das artes plásticas, da música e das artes performativas.
Num desafio lançado pela Câmara das Caldas da Rainha no âmbito do Congresso Internacional de Cerâmica, foi criado um espaço expositivo e museológico, do acervo artístico da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, que contempla peças de cerâmica, bordados, registos fotográficos e outros trabalhos de antigos alunos com maior incidência na década de 60 e 70, bem como informação histórica sobre o patrono e a escola. Será um espaço aberto ao público e de caráter permanente.
No Agrupamento de Escolas Raul Proença, destaque para novo arranque do ano letivo com a iniciativa “Caminhamos Juntos”, que na primeira semana de aulas levou 2800 alunos da escola mãe e da AB Santo Onofre até ao Parque D. Carlos I. O “Juntos conseguimos… Dias diferentes” e o “Happening Raul Proença” continuarão a agregar a comunidade educativa e a proporcionar experiências únicas neste ano letivo.
Ao nível do ensino provado, o Colégio Rainha D. Leonor apresenta este ano o projeto “Voice it”, que procura dar voz aos alunos através da criação de momentos de participação ativa. O colégio apresenta também como novidade o programa Links, disciplina de ensino bilingue com currículo Cambridge na disciplina de Inglês e preparação para os exames da Cambridge. O iCRDL foi extendido aos alunos do 8.º ano e utiliza o iPad como ferramenta didática, em sala de aula.
Em Óbidos, o Agrupamento de Escolas Josefa de Óbidos alargou o âmbito do projeto Laboratório do Conhecimento, no primeiro ciclo, para o terceiro e quarto anos. O programa já trabalhava a Matemática e o Português para os alunos do primeiro e segundo anos, agora é alargado às Ciências Naturais, numa dinâmica mais experimental.
O agrupamento obidense está também a investir ao nível dos laboratórios digitais e da educação inclusiva. Neste âmbito, foram criadas duas salas diferenciadas, que os alunos com necessidades educativas podem utilizar para poder estudar num ambiente mais calmo, ou mesmo ter aulas em casos específicos. Estas duas salas vêm complementar as valências proporcionadas pelo município de Óbidos com a sala Snoze têm algumas aulas nessas salas, quando têm necessidade disso, e depois utiliza também as valências do município aqui ao lado, a saúde Snoezelen e o programa Educar pela Arte. ■