
Cerimónia no Cadaval encerrou oficialmente um ano de comemorações de meio século de presença do Escutismo Católico no Núcleo do Oeste.
O pavilhão municipal gimnodesportivo do Cadaval acolheu a cerimónia final do 50º aniversário do Núcleo do Oeste do Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português, que contou com a presença do único fundador vivo, o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, à data dirigente do Agrupamento de Torres Vedras.
“O Escutismo no Oeste tem uma qualidade muito própria: não é uma realidade feita administrativamente, como quem olha para o mapa e começa a fazer uma esquadria”, porque nasceu de “uma maneira muito orgânica, com amigos que se encontravam e que iam partilhando a amizade pelo Escutismo e assim iam nascendo os agrupamentos. E tem sido sempre assim”, destacou na ocasião D. Manuel Clemente.
Aquele que continua a ser o maior núcleo do CNE, com 2.934 escuteiros, foi saudado pelo Chefe Nacional, que um ano depois de ter participado na cerimónia de abertura das comemorações em Peniche, regressou ao Núcleo do Oeste para participar na sessão de encerramento. “Respira-se muito de escutismo neste núcleo”, sublinhou, acrescentando que “o CNE continua a crescer e somos quase 68 mil outra vez”, com 1.414 agrupamentos “que constroem a nossa história”. O CNE vai comemorar 100 anos a 27 de Maio do próximo ano em Braga. Ivo Faria exortou os escuteiros a manterem viva a alegria para contagiar a sociedade e serem “a luz da esperança”.
Neste encontro estiveram presentes delegações de quase todos os 34 agrupamentos que integram o Núcleo Oeste, que abrange os concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Peniche, Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras e Mafra.
A Câmara do Cadaval que, a par dos agrupamentos de Alguber e Vilar, foi anfitriã deste encontro, teve o vice-presidente Ricardo Pinteus a elogiar “o legado imenso” do escutismo no Oeste. É “sem dúvida uma importante escola de vida para o crescimento dos nossos cidadãos” e “nestes momentos conturbados é muito gratificante saber que existe um movimento que pugna por valores como o respeito pelo próximo e a protecção do ambiente”, enalteceu o autarca.
A encerrar a sessão, o Chefe de Núcleo Carlos Pacheco recordou o ano intenso de atividades que assinalaram cinco décadas de Escutismo no Oeste, marcados pela pandemia de covid-19 e, ainda, pelos efeitos económicos e sociais da guerra na Ucrânia. “Foram 365 dias de aventuras, cada um ao seu ritmo”, mas “levámos o espírito oestino a todos os municípios do Oeste, de entrega e dedicação que vão marcar cada um”. Chegados ao fim da viagem, elogiou também o espírito de entrega de todos os escuteiros, porque “foram meses de muito trabalho, envolvimento e dedicação”, tendo resultado “numa festa de todos”, pelo que “estamos todos de parabéns”.
No final da sessão foi também assinalado o 30º aniversário do Agrupamento de Alguber.