Festival da Codorniz do Landal quer crescer

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Em quatro dias são servidas milhares de codornizes confecionadas de formas variadas pelos muitos voluntários das associações
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Depois de mais um ano de êxito, com milhares de visitantes, a Junta de Freguesia pretende expandir o certame

O Festival da Codorniz levou milhares de pessoas ao Landal, entre os dias 29 de maio e 1 de junho. A grande enchente foi no sábado, com a atuação de Rosinha. Segundo o presidente da Junta de Freguesia, Armando Monteiro, passaram pelo festival mais de 10 mil pessoas só nesse dia. “Foi o ano com maior afluência do público”, afirmou à Gazeta das Caldas, acrescentando que superou as expetativas e que a meteorologia favorável terá contribuído. “Tenho uma mágoa porque houve muita gente que se foi embora por não ter espaço para fazer a sua refeição”, lamentou, deixando as suas desculpas.

“Nunca se tinha visto tanta gente na nossa freguesia”, fez notar, garantindo que pretendem ampliar o recinto com mais uma ou duas tasquinhas. Atualmente, o certame conta com cerca de 580 lugares sentados.

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A omelete de ovos de codorniz deste ano também cresceu exponencialmente, atingindo mais de 20 metros. “Esperamos que para o ano já seja possível concorrer ao livro do Guiness”, disse. Também para o próximo ano aponta a que a Confraria já esteja totalmente pronta.

O melhor prato deste ano foi para o Grupo Desportivo de Santa Suzana, com uma codorniz desfiada com natas, que “não tem mão de obra, porque está desossada, e está a sair muito bem”, disse o autarca à Gazeta das Caldas.

A codorniz à Santa Suzana foi um prato sonhado por Quitéria Santos. “Já tinha feito uma vez, mas ainda não estava como eu queria”, conta, orgulhosa da quarta distinção neste concurso, explicando que durante a noite pensou nos ajustes. “Criei muitas codornizes, cheguei a ter 50 mil nos meus aviários, eram três pavilhões”, afirmou, recordando mais de 20 anos de trabalho nessa área. “Era muito duro”, conta. Participou, primeiro, nas tasquinhas e, depois, quando foi criado, o festival.

Armando Monteiro fez notar que o festival integra o roteiro gastronómico das Caldas e deixou um agradecimento à Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (que é parceira há vários anos) e às associações e voluntários que tornam possível a realização do certame. O autarca lembrou que as codornizes começaram a ser exploradas em 1966 no Landal, por iniciativa de Manuel Louro Miguel, regressado das ex-colónias e que se radicou em Santa Suzana. “Começou com a criação e abate de codornizes, lançando as bases deste negócio tão relevante na economia local”, recordou, realçando a “textura suave, carne branca e magra, rica em proteínas e aminoácidos essenciais” e cuja freguesia é responsável por cerca de 60% da produção nacional.

Ao secretário de Estado (presente no evento) pediu auxílio na revisão do PDM e “que haja abertura significativa para radificar aqui os nossos jovens”, destacando a importância dessa medida para não desertificar o território que, frisou, tem problemas ao nível do acesso aos cuidados de Saúde e nos transportes públicos.

Durante a inauguração, o presidente da Câmara, Vítor Marques, admitiu que “o PDM tarda em ser revisto, mas estamos numa fase final” e que “este território tem todas as condições para ter mais gente”, estando a ser criadas as condições para que o PDM o permita.

O secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Silvério Regalado, levou os “recados” e prometeu não se esquecer deles, admitindo que “cabe ao Governo, à administração central, facilitar os processos” e que a polémica alteração à Lei dos Solos poderá vir a ajudar a resolver parte destes problemas.

O programa do festival contou ainda com o quarto torneio de veteranos de futebol 11, que contou com o SCE Bombarralense, o CD Mafra e o Olivais e Encarnação, além do anfitrião, Grupo Desportivo do Landal. No último dia do certame, 1 de junho, Dia da Criança, havia atividades para os mais novos, com insufláveis, pinturas faciais e moldagem de balões.

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