Festival recebeu 15 mil pessoas em quatro dias. Melhorias para a segunda edição representaram aumento dos custos para mais de 300 mil euros
O Festival Foz Beats decorreu na passada semana e trouxe ao areal da Foz do Arelho um total de cerca de 15 mil pessoas ao longo de quatro dias, com foco nos jovens, tendo um cartaz feito a pensar, não só, mas especialmente, na diversão desta faixa etária.
A abertura do festival foi feita ao som do dj caldense Akur, que foi o responsável pelo warm-up dos quatro dias. Vieram depois os Apartirtudo, antes do rapper Bispo, o primeiro cabeça de cartaz a subir ao palco, logo na noite de quarta-feira.
Na atuação do artista de Algueirão-Mem Martins não faltaram alguns dos mais conhecidos temas, como “Pormenores”, “Aviola II”, “Planeta” ou “Influencer” e muita emoção (tanta que uma jovem desmaiou por uns minutos). Dj Overule e DBraz encerraram a animação.
Para o segundo dia aguardava-se a subida a palco do madeirense Van Zee, com o seu álbum “do.mar”.
Já depois da atuação dos Nintendo Nada, Van Zee trouxe a “Alma Nua”, o “Tempo” e o “Sol”, cantados pela multidão. “À tua porta”, “Para Casa” e a “Benção” (tema produzido com Bispo e que havia sido também cantado na noite anterior) fizeram parte do reportório do artista.
Quim das Remisturas e Deixa Rolar foram os responsáveis por encerrar o segundo dia de festa na Foz do Arelho.
Para a noite de sexta-feira estava guardada a vinda dos Hybrid Theory, a banda que presta tributo aos Linkin Park e que se destaca a nível mundial pelas semelhanças com o original.
Os grandes clássicos da banda que marcou os anos 90 do século passado e a primeira década do novo milénio foram cantados pela multidão, neste dia mais adulta, que teve a oportunidade de reviver alguns dos temas mais marcantes da sua juventude.
Esta noite contou com os Sede Bandida antes dos Hybrid theory e com Maskarilha e Dj Y.A.M.A. a fechar.
A segunda edição do Foz Beats encerrou na noite de sábado novamente com milhares de pessoas a divertirem-se.
Os The Peorth animaram a festa até à entrada de Lon3r Johny.
O concerto foi animado, com muita festa.
“Diamante”, “Uh La La La” e Os temas do álbum lançado com o rapper Plutónio – “Anti$$ocial” – como “Diamante” e “Uh La La La” animaram a noite.
Complementados com os mais clássicos sons do artista, como “Stay Fly”, “Drip”, “GT3” e “Porsche Turbo”, entre outros, levaram o público perto da loucura, com muita dança, com gritos de histeria e com festa.
A jovem fozense de 15 anos, Maria Máximo, este ano veio ao Foz Beats todos os dias com o seu grupo de amigos do desporto que pratica, o kempo.
“Dos quatro dias o concerto que gostei mais foi o de hoje, do Lon3r”, disse a jovem que já conhecia todos os artistas que encabeçaram o cartaz desta edição do festival.
“Na minha opinião, o cartaz estava muito melhor este ano, com artistas mais conhecidos, e acho que o festival está melhor organizado do que no último ano”, analisou a jovem, notando que “é bom para a Foz ter um evento destes, porque consegue gerar mais movimento”.
Para Maria, “está tudo muito bem organizado e muito seguro, com seguranças em todo o lado e acho que o facto de sermos todos revistados à entrada também é bom, porque sentimo-nos todos mais seguros aqui dentro”,
O presidente da Câmara, Vítor Marques, disse que procuraram criar uma oferta para o público mais jovem que não existia na região.
“O ano passado correu muito bem, mas decidimos fazer algumas alterações, como fechar o recinto, que levou a um aumento de custos”, fez notar, esclarecendo que dos cerca de 150 mil euros o orçamento subiu para mais do dobro. Tal permitiu também aumentar a segurança, mas levou à mudança para as entradas pagas (embora com um valor relativamente baixo – 5 euros por dia ou 15 euros para os quatro dias).
Apesar dos elogios à organização, que este ano deu um passo em frente, fica a crítica pela falta de cinzeiros num festival realizado no areal. ■