Com a proibição da realização de eventos de cariz público até finais de Setembro, a Feira dos Frutos será, este ano, substituída por um congresso, no último trimestre do ano, para a discussão da pós Covid-19. Até lá decorrem jornadas técnicas
O certame que nos últimos anos tem levado multidões ao Parque D. Carlos I, em finais de Agosto, não irá este ano realizar-se. A pandemia veio alterar o funcionamento dos eventos, que têm que se ajustar a esta nova realidade. Nesse sentido, a organização decidiu “desafiar” o sector para a criação de um congresso no último trimestre do ano para a discussão da pós Covid-19, por parte de especialistas do sector, explicou o vereador Hugo Oliveira à Gazeta das Caldas.
Esta edição da Feira dos Frutos estava a ser preparada desde o último trimestre de 2019. No entanto, a organização tinha colocado como data limite para a tomada de decisão sobre a sua realização o dia 31 de Maio, entretanto ultrapassada pela proibição da realização de festivais e afins até ao dia 30 de Setembro. “A edição da Feira Nacional de Horto Fruticultura – Frutos 2020 será cancelada e começámos a preparar a de 2021”, salienta o autarca.
No ano passado, em paralelo com a organização do certame, foram iniciadas as conferências técnicas, que deveriam continuar ao longo do ano, com várias iniciativas, nomeadamente conferencias e seminários com especialistas do sector. A primeira, sobre estenfiliose, inaugurou as “Conferências Frutos”, seguindo-se outra em Julho, subordinada ao tema agricultura familiar. Já no passado dia 19 de Maio, e em contexto de pandemia, teve lugar o webinar sobre monda em fruteiras (maçãs), que contou com a partilha de conhecimentos de um especialista em monda química do IRTA – Institute of Agrifood Research and Technology, Luís Ansi, e que contou com a “presença” de 90 pessoas.
A organização está a preparar um calendário de mais conferências.
O vereador Hugo Oliveira considera que o facto do evento, que se estava a consolidar, não sofrerá alterações por não se realiza no Parque. “Julgo que sendo este um ano atípico, não terá qualquer influência na sua afirmação, poderá sim criar ainda mais “ansiedade” e expectativa para a edição de 2021”, disse, acrescentando que este certame voltou a ser uma “marca” no panorama dos eventos e congrega parcerias com o sector, que permitem aliar a promoção da Hortoftuticultura ao carácter festivo da feira.