Geocaching – uma caça ao tesouro cujo prémio é a aventura

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Pedro Carvalho e Alberto Simões acompanharam a Gazeta das Caldas pela letterbox que dá a conhecer a rota bordaliana | Isaque Vicente
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Sabe o que é o geocaching? “É uma caça ao tesouro dos tempos modernos, jogado ao ar-livre”, conforme o explica o site oficial. O tesouro é ligeiramente diferente do que se pode pensar. Neste caso, o prémio é mesmo a aventura.

O que interessa não é chegar ao prémio – é o caminho que se percorre até ele. Um caminho pelo qual se pode aprender História e desfrutar de lugares e paisagens.

O primeiro passo é criar uma conta no site oficial e descarregar a aplicação  gratuita para o seu smartphone. A partir daí, e com o GPS ligado, é só seguir coordenadas ou resolver enigmas para encontrar um recipiente escondido chamado geocache ou cache.
Podem ser grandes, do tamanho de barris de 200 litros, ou podem ter o tamanho de uma unha de um dedo mindinho. Estas caches podem e estão escondidas um pouco por toda a parte. Em espaços naturais ou urbanos, debaixo de água ou no topo de uma chaminé. O desafio é encontrá-los.
Existem mais de 30 mil caches e 50 mil geocachers em Portugal. Perto das Caldas, e segundo o site, existem cerca de 3600. Não é, no entanto, referido o quão distante o “perto” é. Ainda assim, numa análise ao mapa, podemos perceber que existem centenas delas entre Óbidos e Alcobaça.

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TIPOS DE GEOCACHE

No mapa podemos ver diferentes símbolos. Existem as caixas normais, que disponibilizam a distância e a direcção. Também existe a multicache, que propõe desafios para ir de ponto em ponto, a cache enigma, cuja resolução disponibiliza as coordenadas, ou a cache evento, que é quando os geocachers se juntam para falar do tema, assinalando a conversa no mapa. Há ainda a letterbox, que é uma espécie de multicache, mas que pretende contar uma história ou mostrar uma rota.
É este o caso da Rota Bordaliana. Trata-se de uma Letterbox. Vamos com Pedro Carvalho e Alberto Simões ambos da GeOeste, para eles nos ajudarem a perceber como funciona o Geocaching.
Começamos na estação de comboios das Caldas. Vamos já para a rota com as réplicas das peças de Rafael Bordalo Pinheiro.
É-nos perguntado quantos nenúfares e rãs existem na rotunda da rã. Contamos, anotamos e seguimos caminho. Vamos até à Vespa. Nova pergunta: quantos vasos pretos existem? No lobo, quantas tábuas tem o banco? Bem, o processo repete-se junto a cada figura da rota. “Depois os números são usados para fazer uma conta simples cujo resultado é uma coordenada para o final”, explicou-nos Alberto Simões.
Quando se encontra uma cache, abre-se e tira-se um livro ou um papel chamado log book, onde se anota o nick do utilizador e a data, para marcar a cache como feita e onde se agradece o desafio.
Outra das possibilidades no Geocaching são os powertrails, uma série de caches que marca um caminho a fazer.
Depois existem os Travel Bugs, que são chapas de identificação que se prendem a um objecto pessoal. De seguida deixa-se num determinado sítio, trazendo um outro objecto deixado por outra pessoa.
Estes objectos viajam assim de mão em mão percorrendo o mundo, podendo qualquer um dos que descobriu seguir-lhe o percurso.
Uma das grandes vantagens deste jogo, afirmou Alberto Simões, é que “se pode fazer quando e como quer”. Por outro lado, “corre-se sempre o perigo de começar a sentir que é viciante”.
Outra das vantagens é que não requer um grande investimento para se iniciar. Há certas regalias, essas sim, que são pagas através da subscrição do serviço Premium.
Existem regras a ter em conta como, por exemplo, quando se tira algum objecto da cache deve deixar-se um outro de valor igual ou superior. No fim de solucionar a cache deve, deixá-la tal e qual a encontrou e registar a experiência.
E deve sempre ter-se em conta a dificuldade do percurso e da cache. Como diz o ditado, para “não dar passos maiores que a perna”.
Curioso? O primeiro passo, recorde-se, é criar uma conta em www.geocaching.com e descarregar a aplicação…

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