Hospital Termal reabre na segunda quinzena de setembro

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Em elaboração está o Plano de Intervenção Municipal para a Área Termal e Zona Envolvente, que deverá estar concluído no final do ano

Os tratamentos músculo-esqueléticos deverão começar a funcionar na segunda quinzena de setembro na reabertura do Hospital Termal. De acordo com o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, a obra na ala sul está concluída e já foi vistoriada pelas autoridades competentes, que estão a elaborar o relatório. Também já foram feitas as análises necessárias e, para próxima semana, deverão ter início as experiências termais.
Atualmente, e de acordo com a autarquia, já existem cerca de 900 aquistas que fizeram a pré-inscrição para estes tratamentos, inclusivamente durante a Frutos, certame em que as Termas das Caldas estiveram presentes com um stand.
No que respeita aos tratamentos das vias respiratórias, no Balneário Novo, retomados em março após a pandemia, estes têm tido “uma cadência muito reduzida”, reconhece Vítor Marques, que espera que a integração dos novos tratamentos músculo-esqueléticos e a chegada do inverno os possam potenciar.
O termalismo incide na área da saúde, mas também possui uma vertente de bem estar, que inclui uma linha com cinco sabonetes com água termal e com especificidades diferentes, criados por Sandra Martins, da empresa Poção Mágica. A cosmetologista está agora a produzir uma linha de cremes com água termal, que será apresentada aquando da inauguração da ala sul do hospital. Também nesse espaço haverá tratamentos de bem-estar, nomeadamente ao nível da hidromassagem e cromoterapia, explica Sara Oliveira, adjunta da presidência e responsável pela gestão do termal.

Plano de intervenção a decorrer
Desde julho que está a ser elaborado o Plano de Intervenção Municipal para a Área Termal e Zona Envolvente, transversal aos domínios da saúde e bem-estar, cultura, turismo, sustentabilidade, urbanismo e mobilidade, e que deverá dar as ferramentas necessárias para as decisões a serem tomadas nesta matéria. O estudo foi adjudicado à empresa Bruno Soares Associados e deverá estar concluído até ao final deste ano.
“Todos estes procedimentos são importantes para percebermos onde estamos e definir o trabalho que queremos fazer”, justifica o presidente da Câmara, acrescentando que a equipa já está a reunir toda a documentação existente e a falar com várias entidades com ligação ao termalismo.

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Oposição expectante
Para Luís Patacho, vereador do PS, o plano em curso, de intervenção na área termal e zona envolvente, será importante para a definição da área termal, ligação dos seus diversos espaços, enquadramento urbanístico da área envolvente e definição da localização do novo balneário termal. No entanto, realça que o executivo não pode ficar por aqui. “É um plano meritório, mas tem de ser acompanhado pela proposta que fiz de Plano de Expansão do Termalismo, que se vai debruçar especificamente sobre o desenvolvimento da atividade termal”, refere o socialista, acrescentando que a sua concretização é premente. “Faz sentido que se avance com este plano e que, depois, se prossiga com o outro, mas tudo tem de ser muito rápido porque, a cada dia que passa sem relançarmos o nosso termalismo, estamos a perder para a nossa concorrência”, alerta.
Relativamente à reabertura da ala sul do Hospital Termal, o vereador lembra que é o culminar de obras que foram aprovadas ainda no tempo do anterior executivo e que tem que ver com uma “ideia que havia, que considerava minimalista, de desenvolvimento das termas”.
Para Tinta Ferreira (PSD), a reabertura da área dedicada aos tratamentos músculo-esqueléticos é um “marco histórico” para o concelho das Caldas e para o termalismo nacional. “É mais um passo na estratégia que foi delineada para a reabilitação do património termal e para voltar a ter as termas a funcionar”, salienta o ex-presidente de Câmara, lembrando que, nas autárquicas de 2013 anunciou, em nome do PSD, que em 10 anos voltaria a ter as termas a funcionar em pleno.
O vereador social democrata espera que o novo executivo dê continuidade a este caminho e, referindo-se ao Plano de Intervenção Municipal para a Área Termal e Zona envolvente diz não se opor, mas refere que deve integrar vários passos. Desde logo a reabilitação estrutural do edifício do Hospital Termal, assim como o aumento da capacidade de oferta de tratamentos na área músculo-esquelética com piscina no rés do chão do Balneário Novo. Tinta Ferreira considera ainda que é necessária uma campanha de divulgação da oferta termal das Caldas e a construção de um novo e moderno Balneário Termal, “caso a procura corresponda”. ■

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