O FOO contou com 130 artistas que realizaram sete récitas em três palcos
“Há alguns anos que não tínhamos ópera em Óbidos e esta aposta foi claramente ganha”. Palavras do presidente da Câmara de Óbidos, Filipe Daniel, que considera que foi feliz por poder apostar no regresso deste evento em parceria com a ABA.
“Terminámos em grande com Don Giovanni e estamos todos de parabéns!”, reafirmou o edil obidense. Na sua opinião foi “um público fantástico que se reuniu nesta quinta”, e aproveitou a ocasião para agradecer ao proprietário o uso da Quinta das Janelas para o retorno do festival.
O edil obidente recordou que este é um projeto financiado para quatro anos e, por isso, a ópera “veio para continuar e para surpreender o público”, garantiu Filipe Daniel. Para a continuação da iniciativa o edil obidense que a organização continuará a apresentar espetáculos em espaços menos óbvios como aconteceu nesta primeira edição com a escolha da Quinta das Janelas.
José Rafael Rodrigues, o vice-presidente da ABA e coordenador geral do festival, considerou que “este foi um recomeço extraordinário” pois “tínhamos muitas expetativas que foram totalmente ultrapassadas”. Para este responsável, a ABA está feliz por ter conseguido organizar este desafio, em parceria com a Câmara de Óbidos e recorda que o Festival Cistermúsica “é a nossa grande força e que neste momento já decorre por todo o país”.
José Rafael Rodrigues garantiu que na região Oeste há várias salas propícias a receber espetáculos de ópera, “mas vamos continuar a procurar espaços inusitados e inesperados como foi a Quinta das Janelas”.
Vários espaços foram “tomados” pelo próprio festival. Foram usados alguns espaços de apresentação. A designada Sala Verde, coberta de azulejos, foi o cenário escolhido para apresentar “A Voz Humana” e “A Serva Padrona” enquanto que o Don Giovanni foi apresentado na adega da quinta, local que se destacou pela excelente acústica.
O vice-presidente da ABA destacou do festival o momento final do festival pois este foi “apoteótico” e foi “o culminar de um grande desafio iniciado há um ano e meio”.
Para o ano, inclusivamente, já há algumas ideias mas agora é preciso procurar novos espaços que possam receber as propostas deste particular género musical que conquista miúdos e graúdos. O Festival contou com o apoio financeiro da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e nesta edição contou também com o apoio mecenático da Dr.ª Emily Kuo Vong. ■