A intervenção para a reconstrução do cais palafítico, observatório de aves e percurso pedonal de acesso ao cais, junto à Lagoa de Óbidos, deverá estar terminada em finais de abril
Já começou a ser feita a desmatação na margem de Lagoa de Óbidos com vista à reconstrução do antigo cais palafítico existente na zona da Ardonha e Juncal (Nadadouro), dando lugar a um novo cais, em madeira, com nove entradas e uma zona de passadiço.
As estacas de elevação da plataforma do antigo cais ainda são visíveis, mas este não tem uso há mais de uma década. Esta intervenção tem a função de reabilitação patrimonial, mas também de apoio para atividade piscatória e local de contemplação. Será também construído um observatório de aves.
A obra foi adjudicada ao empreiteiro A. Milne Carmo SA, com um valor de 317 mil euros e um prazo de execução estimado em 120 dias. O estaleiro já está montado e as máquinas também já estão no local. “Esta é uma obra em que vamos estar muito atentos aos prazos”, disse o vice-presidente da Câmara, Joaquim Beato, acrescentando que a empresa que está a realizar os trabalhos dá-lhe “bastante confiança”. O autarca salientou à Gazeta das Caldas que “é uma forma de mobilidade suave e requalifica a lagoa”, adiantando que esta está a ser dignificada tanto do lado das Caldas como de Óbidos.
Ligação ao Nadadouro
Mais tarde será dada continuidade, com ligação ao Nadadouro, através de uma zona pedonal. Essa intervenção prevê a requalificação de toda uma área que atualmente se encontra de caniços e vegetação invasiva e onde serão colocadas plantas e árvores autóctones. Serão ainda criados percursos pedestres e espaços de lazer, bem como dada continuidade à ecovia, que atualmente liga a Foz do Arelho à zona do juncal e até ao centro da localidade.
Esta reabilitação vai acontecer depois das dragagens que ocorreram na zona superior da lagoa, nos braços da Barrosa e do Bom Sucesso, e que contribuíram para o aumento da superfície e volume da lagoa e melhorar a qualidade da água armazenada. A intervenção, orçada em 14,6 milhões, possibilitou a retirada de 875 mil metros cúbicos de areia, ao longo de quatro quilómetros de canais e 27 hectares de bacias.
Em tempos esteve também prevista, nas imediações da atual intervenção, a construção de uma ponte de madeira a fazer a ligação entre as duas margens. Esta chegou, inclusivamente a estar adjudicada, mas o empreiteiro acabou por desistir. ■