São 60 jovens e têm trazido uma dinâmica diferente à vila do concelho das Caldas
Esta semana o ambiente que se vive na Foz do Arelho é diferente do comum. É que desde o passado domingo, 60 jovens estudantes do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, estão a dinamizar a Missão País nesta vila do concelho das Caldas.
Mal chegamos à Foz, na manhã de terça-feira, encontramos uma equipa de seis jovens, a pintar um muro, na rotunda da bateira, recuperando-o com tinta branca e verniz para a madeira.
A boa disposição salta à vista de um grupo que demonstra grande disponibilidade. Aproveitamos para falar com Maria Gonçalves Ferreira e Duarte Coelho, dois dos responsáveis do grupo, que esclarecem que o objetivo “é ajudar no que for preciso”
Quando chegaram à Foz do Arelho, tiveram uma conversa inicial com os responsáveis autárquicos para saber as necessidades e para se colocarem ao serviço. A maior parte dos 60 jovens são dos vários anos dos cursos de Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Informática e Engenharia de Telecomunicações e a maioria já tinha participado na Missão País. Anteriormente estiveram em Aljubarrota, durante três anos, o tempo que duram estas missões, associados às graças mãe peregrina, um para o Acolhimento, um para a Transformação e um para o Envio.
“Um exemplo do bom acolhimento que temos tido, que tem sido transcendente, é que na sexta-feira vai haver o jantar da comunidade para o qual rapidamente se voluntariaram 22 famílias, que acolherão os jovens”, referiu a responsável.
Os jovens estão a dormir no picadeiro da Quinta da Foz, em sacos de cama. Esse espaço tem uma capela para as orações e o Centro Social fornece as refeições e recebe no sábado, às 15h00, uma peça de teatro aberta a todos. “Esta é uma semana de oração e de missionar”, frisam.
Entretanto, seguimos e vamos ao encontro da equipa do porta-a-porta, sete jovens que andam precisamente em busca de pessoas que vivam sozinhas para lhes fazer companhia, conversar e ajudar nalgum serviço que precisem. “Fazemos qualquer coisa”, refere Francisco Mendonça. Batem à porta, falam com as pessoas e procuram saber a quem podem ser úteis, não só na Foz, mas também na Serra do Bouro e Nadadouro. E, claro, “passamos a palavra e dizemos que estamos aqui a missionar”.
O grupo está à conversa com Maria Angélica Ricardo, que é de Alcoentre, mas vive na Foz. “Não estava à espera desta visita, mas foi uma surpresa muito boa, desabafei tudo. São muito simpáticos e é um dia diferente, eu gosto de falar e para mim foi ótimo, passo a maior parte do tempo aqui sozinha e, portanto, isto foi uma luz”, descreveu, acrescentando que esta dinâmica não é comum ao longo do ano. “À tarde vou com eles cantar para o coro da igreja”, complementa, elogiando: “são excelentes e são muito bem-vindos, vieram aqui ter comigo e temos estado a falar, mostrei a minha casinha, as costuras e pontos cruz e também já cantámos”.
Simultaneamente, havia equipas a dinamizar ações na escola e a levar alegria ao lar de idosos.