Lançada a primeira pedra para o lar do Nadadouro

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Gazeta das Caldas
O arquitecto Luís Manuel Pereira da Silva concebeu um edifício simples e de fácil manutenção para não acarretar grandes gastos
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O Centro de Apoio Social do Nadadouro pretende construir um lar com capacidade para 30 idosos. A primeira pedra desta obra, orçada em cerca de um milhão de euros, foi lançada no passado dia 26 de Novembro devendo os trabalhos ficar concluídos em inícios de 2019. Até à data o único apoio com que a IPSS conta é o da autarquia, que garante 35% do investimento.

Exactamente 14 anos depois de fundado o Centro de Apoio Social do Nadadouro, a população reuniu-se para a cerimónia de lançamento da primeira pedra para mais uma valência daquela instituição – o lar de idosos. A obra é da autoria do arquitecto José Manuel Pereira da Silva, que disse que esta é “simples e enxuta, não precisa de grandes gastos e é de fácil manutenção”. O arquitecto caldense teve também especial preocupação com os utentes e projectou varandas em todos os quartos, permitindo-lhes conversar uns com os outros e “continuar a poder ver o campo onde sempre viveram”. 


A obra tem um custo de cerca de um milhão de euros e conta com o apoio da Câmara das Caldas em 35% desse valor. O restante será garantido através do recurso à banca, tendo a instituição já pedido simulações de crédito em três instituições para nos próximos dias efectuar o empréstimo, explicou o seu vice-presidente, Luís Pereira. “Depois teremos que pagar e, para isso, contamos com o apoio de toda a população com actividades e festas que iremos desenvolver”, concretizou.
Este responsável considera que será possível, a curto prazo, preencher as vagas do lar pois têm tido manifestações de interesse, tanto por parte de pessoas da freguesia, como de outras localidades, que tiveram conhecimento da criação da valência.
A presidente da Junta de Freguesia do Nadadouro, Alice Gesteiro, lembrou que o terreno onde se encontra a instituição foi oferecido por uma natural da terra, emigrada no Canadá. A autarca de base, aproveitando a presença da directora do Centro Distrital de Leiria do Instituto da Segurança Social, Maria do Céu Mendes, pediu que fossem estabelecidos acordos de cooperação entre o Estado e a instituição. “Há um custo por utente que nem todos podem pagar, pelo que é imprescindível o apoio da Segurança Social”, disse.
Também o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, manifestou o seu desacordo com a falta de apoio a estas instituições por parte do Estado. O autarca discorda das regras actuais em que primeiro tem que ser construído o edifício e terem os utentes para depois se poderem candidatar aos apoios. “Isto leva a que só os que têm dinheiro possam usufruir de lares e não aceito isso”, disse.
Tinta Ferreira referiu ainda que a Câmara está atenta às candidaturas a fundos comunitários e que, caso haja alguma possibilidade de ir buscar verba, o farão.
Este será o 10º lar de idosos disponibilizado por IPSS do concelho. De acordo com Tinta Ferreira, a rede concelhia está completa, com uma instituição de actividade social para crianças e idosos a funcionar em cada uma das 16 antigas freguesias das Caldas.
O Centro de Apoio Social do Nadadouro emprega 20 pessoas a tempo inteiro e mais três a tempo parcial e tem a funcionar as valências de Centro de Dia (com a capacidade máxima de 30 utentes), Apoio Domiciliário (com 42 clientes) e fornece as refeições para o jardim de infância e escola do primeiro ciclo, através de um protocolo com a Câmara das Caldas.

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