A Associação de Desenvolvimento Social da Freguesia de Alvorninha (ADSFA) arrancou com a obra para a construção de um lar de idosos, uma valência muito necessária àquela freguesia rural que, nos últimos Censos, tinha mais de 800 pessoas acima dos 65 anos. O equipamento, com um custo na ordem de 1,14 milhões de euros, é garantido pela associação com recurso a financiamento bancário e tem um apoio de 35% da Câmara das Caldas. Actualmente a associação presta os serviços de apoio domiciliário e de centro de dia e com a nova valência passará a dar apoio a cerca de uma centena de idosos.
Fátima Ferreira
As primeiras movimentações de terra começaram há cerca de três semanas e, se tudo correr como previsto, o edifício deverá estar pronto em Maio de 2017. A construção do lar de idosos da ADSFA é uma aspiração antiga e já chegou a ter projecto candidatado a fundos comunitários em 2009. No entanto, não foi aprovado e agora a direcção entendeu que estava na altura de arriscar, dando assim resposta aos utentes que necessitam de acompanhamento permanente. Localizado no centro da localidade num terreno com 10 mil metros quadrados oferecido pela autarquia, o novo edifício terá uma área de construção superior a 1.400 metros quadrados e terá capacidade para acolher 34 utentes. Para além disso, o edifício albergará ainda o centro de dia, com capacidade para 10 utentes, e os equipamentos que possibilitam o serviço de apoio domiciliário, disponibilizado a 56 pessoas. Só o edifício custa perto de 1,4 milhões de euros, um valor suportado pela associação, que já contraiu um empréstimo no valor de 700 mil euros, e apoiado pela Câmara das Caldas, em cerca de 400 mil euros. Para obter o restante financiamento, assim como verba para equipar o edifício, os elementos da ADSFA têm andado a fazer um peditório pela freguesia. “Este equipamento é muito necessário”, afirma o presidente da associação, Acelino Martins, acrescentando que as pessoas que necessitam desta valência têm que ir para outros locais distantes pois os lares que existem nas proximidades estão, na sua maioria, lotados. E Susana Costa, directora técnica, concretiza: “Em média, perdemos 12 a 14 utentes ano porque têm que procurar a valência de lar noutro lado”. A responsável refere ainda que actualmente há idosos no Centro de Dia que já se encontram bastante dependentes e que já deviam de estar na valência de lar.
SERVIÇOS DE TRANSPORTE E ALIMENTAÇÃO
A associação foi criada em 1993, inicialmente com o serviço de transportes para suprir as necessidades das pessoas da freguesia nas suas deslocações para as fábricas. Entretanto, em 1996 foi constituída como IPSS e, três anos depois, arrancou com a valência de apoio ao domicílio. Posteriormente, em 2006, arrancaram com o centro de dia, que actualmente abrange 20 pessoas. Alvorninha é uma freguesia bastante dispersa e actualmente as funcionárias da ADSFA fazem uma média de 100 quilómetros só para distribuir os almoços. A associação garante ainda os serviços de limpeza também no âmbito do apoio domiciliário e transporta os utentes do centro de dia. Alem dos serviços protocolados com a Segurança Social (20 pessoas em Centro de Dia e 42 em Apoio Domiciliário), a associação presta serviço de transporte para o centro de saúde de todos utentes que são sócios. Assegura também o transporte das crianças que frequentam o jardim de infância para o centro escolar, assim como a confecção das refeições do centro escolar e o respectivo acompanhamento.
“Estes serviços que prestamos à freguesia são a forma de sobrevivência da associação”, explica Acelino Martins. Actualmente trabalham na associação 25 pessoas e com a abertura do lar, a direcção prevê que o numero de funcionários aumente para 40.