Liga dos Combatentes quer estar mais próxima dos associados

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Alguns dos elementos da direção do Núcleo das Caldas da Liga dos Combatentes, na sede da instituição | DR
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Entidade fundada em 1924 nas Caldas tem vindo a estabelecer parcerias com parceiros com o propósito de garantir benefícios para os associados, a maior parte dos quais têm reformas baixas

Fundado em 1924, o Núcleo das Caldas da Rainha da Liga dos Combatentes é uma das instituições mais antigas das Caldas, mas quando a pandemia chegou, em março, a sede passou a abrir apenas duas horas por dia e durante as manhãs. Por precaução, claro está.
O objetivo da medida passava por manter os serviços prestados, mas, ao mesmo tempo, “impedir que o espaço se tornasse um espaço de confraternização dos sócios”, explica Emanuel Sebastião, que assumiu a presidência da direção em janeiro deste ano, após uma reestruturação dos órgãos sociais.
O tenente-coronel do Exército explica que a sede, na antiga Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, é procurada “todos os dias” por ex-combatentes para pagar quotas e contagens de tempo de serviço, entre outros serviços, lamentando apenas que algumas pessoas “pensem que a Liga é um organismo do Estado”.
“Isso não corresponde minimamente à verdade. Somos uma associação, tal como os Bombeiros, com um enquadramento próprio”, frisa o dirigente, que lidera um Núcleo com 728 associados e que nos últimos tempos tem procurado estabelecer protocolos com entidades por forma a “obter benefícios para os sócios”.
De resto, de molde a “tentar chegar a mais ex-combatentes”, a Liga ligou-se às Juntas de Freguesia e à Câmara Municipal das Caldas da Rainha para fazer um levantamento de casos que carecessem de apoio social. A pandemia travou a parceria, mas o propósito das entidades é ter um delegado de apoio social em cada freguesia.

Psicóloga de serviço
Além de integrar a Direção, há seis anos que a psicóloga Rita Pinto Graça presta serviços gratuitos no Núcleo das Caldas. Mas nunca foi tão solicitada como agora.
“Durante o confinamento fizemos dezenas de consultas por telefone. Há muita solidão entre os ex-combatentes e estas pessoas precisam de uma palavra de suporte e apoio especializado”, esclarece a voluntária, sublinhando que, para além do apoio psicológico, a Liga apresenta vantagens aos associados no acesso a serviços de saúde, nomeadamente através do Centro de Apoio Médico e Social, em Lisboa.

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Contagem de tempo
Com a mudança da legislação, em 2018, que permitiu que o tempo de Serviço Militar Obrigatório passasse a contar para efeitos de reforma, o vice-presidente Fernando Jesus deixou de ter mãos a medir. É ele que trata de todo o processo administrativo de contagem de tempo de serviço e não nega apoio a quem entra na Liga dos Combatentes.

Instituição tem 728 associados e presta vários serviços na sede na antiga Junta de Freguesia

“Prestamos o serviço aos nossos associados, mas não negamos apoios a ninguém”, nota o dirigente, explicando que os organismos estatais “nem sempre prestam a melhor informação” e que, hoje em dia, há “mais benefícios” a ex-combatentes que se refletem na reforma, o que leva ao surgimento de muitos pedidos para esse efeito.
“A maior parte dos ex-combatentes são reformados com baixas pensões, pelo que tudo o que possamos fazer no sentido de os ajudar é importante”, nota o delegado social.

Emanuel Sebastião é o presidente da Liga dos Combatentes no concelho desde janeiro de 2019 | DR
O vice-presidente da Direção, Fernando Jesus, assume o papel de delegado social | DR
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