Os alunos do 9º ano da Escola Secundária Raul Proença e EB de Santo Onofre deixam de ter livros em papel
As turmas do 9º ano da Escola Secundária Raul Proença e da EB de Santo Onofre terão este ano letivo manuais digitais. De acordo com o diretor do agrupamento, João Silva, a Direção Geral de Educação implementou o projeto e as escolas podem, nesta fase, candidatar-se, voluntariamente, a integrá-lo. Foi o que este agrupamento fez. Depois de reunido o Conselho Pedagógico, decidiu avançar, envolvendo as turmas do 9º ano de escolaridade, que é o ano em que estão a ser introduzidos manuais novos. O objetivo é que, no futuro, estes venham a ser integrados progressivamente.
A introdução dos manuais digitais vai obrigar a existir, por exemplo, extensões dentro das salas de aula para os alunos ligarem os computadores e não ficarem sem carga e armários para arrumarem os computadores. Também as práticas pedagógicas dos professores vão ter de tirar proveito desse recurso.
Os pais e alunos passam a ter um código, dado pelas editoras, e podem descarregar o manual, ou aceder-lhe online. Para além disso, têm acesso a um banco de materiais, que permite aos alunos trabalhar em casa na escola digital.
“Quando colocámos esta questão no Conselho Geral aos pais, deram um aval muito positivo porque deixa de se colocar o problema do peso das mochilas”, explicou João Silva, acrescendo que também já não têm de entregar os manuais em papel, e em boas condições. Por outro lado, há dificuldades que se prendem com o facto do aluno estar ao computador, podendo não estar a trabalhar nos manuais.
Neste ano letivo que agora começa, mais de 20 mil alunos de 160 escolas de todo o país vão estudar com manuais digitais, no âmbito do projeto-piloto lançado pelo governo e que abrange turmas do 3º ao 12º ano. Números que quase duplicam os alunos abrangidos, face ao ano passado, em que o estudo com manuais digitais chegou a 11.437 alunos de 575 turmas de 68 agrupamentos escolares e escolas não agrupadas.
Esta medida pretende substituir gradualmente os manuais em papel. No entanto há países, como a Suécia, onde a digitalização do ensino é total e houve um regresso aos manuais em papel porque registaram que os níveis de leitura estavam a piorar. ■