Na escola da Ponte “os alunos são tratados como família”

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notícias das CaldasDesde o dia 15 de Setembro que a Escola Básica da Ponte retomou o seu ritmo diário. Os alunos do primeiro ano vieram conhecer a escola e a respectiva professora. É uma nova fase da vida de muitos petizes que iniciam agora o seu percurso de estudo e que deverá durar pelo menos uma dúzia de anos, para quem não quiser (ou puder) seguir o ensino universitário. O retrato das primeiras impressões deixados pelos novos alunos e que agora integram “a família da Escola da Ponte”.

Dia 14 de Setembro, 10h00. Uma nova escola, uma nova sala e uma nova professora. Quem fez do infantário uma segunda casa, tem agora que mudar de estabelecimento escolar. Há novas mochilas, livros, lápis e cadernos e também novos colegas. A larga maioria das crianças não dá parte fraca, mas nota-se que um ou outro deixa escapar uma lágrima, que depressa se estanca com um mimo da nova professora.
E enquanto a docente passa uma longa lista de material escolar aos pais, os seus novos alunos vêm cá para fora, para o recreio, e deixam as suas mãos coloridas num painel que em seguida será colocado na parede da sala de aula. Há um ou outro amigo que prossegue e que também já fez percurso no infantário e há também alguns amigos no recreio, mais velhos, que prometem mostrar como é o funcionamento da escola, ou melhor, os cantos da nova segunda casa.
São sobretudo os pais que ficam de coração apertado ao deixar os filhos. A miudagem tem mais que fazer. Conhecer-se e tirar o melhor partido desta nova fase da sua vida está na ordem do dia.
Os conselhos da docente são mais que muitos e acertados: “Não exagerem nas actividades dos vossos filhos, eles ainda têm que brincar!”.
Bem vistas as coisas, há crianças com agendas tão ocupadas como os adultos! Dança, ballet, música ou natação, são muitas as ofertas no mercado, mas a verdade é que os petizes chegam cansados a casa, após as chamadas AEC’s (Actividades de Enriquecimento Curricular).

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“…Como se fosse a minha casa”

“Falo desta escola como se fosse a minha casa”, disse a coordenadora Palmira Silva, que está na Ponte há seis anos, normalmente entre as oito da manhã “até ao final do dia”.
A Escola Básica da Ponte tem cerca de 180 alunos e, segundo a coordenadora, o início do ano escolar arrancou em pleno. “Temos um  corpo docente estável com oito professores, mais um profissional em apoio educativo”, refere.
Os alunos do segundo e do quarto anos, neste momento, vão diariamente almoçar na Colmeia (instalações da Infancoop, junto aos silos que foram adaptadas para cantina) ao passo que o terceiro  ano de escolaridade vai almoçar à própria sede da Infancoop.
Deste modo, só os recém-chegados da “primeira classe” é que almoçam na própria escola, já que a cantina não pode albergar num tão curto espaço de tempo os 180 alunos.
Palmira Silva diz ainda que é boa a relação, não só com a Câmara Municipal – que tem feito as obras necessárias nas instalações -, assim como com a Junta de Freguesia (por causa do jardim e  do espaço exterior) e também com a APEASO (Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas de Sto. Onofre).
Os esforços destas últimas entidades permitiram a aquisição de tintas e agora será solicitada a ajuda aos pais para que as salas de aula possam ser renovadas. “É também habitual os pais virem à escola para dar a conhecer as suas profissões”, disse a coordenadora, satisfeita com a ligação entre a escola e a comunidade.
Antes da construção dos centros escolares, a Escola da Ponte teve 400 alunos, distribuídos por 18 turmas. Agora, com apenas 180, “há outro sossego e muito mais tranquilidade”.
A Escola da Ponte faz parte do Agrupamento de St. Onofre e, segundo Palmira Silva, há colaboração entre as várias escolas.
Para os pais que saem da escola de coração apertado esta professora deixa uma garantia: “os meninos são aqui muito bem tratados, como família, e passados dois ou três dias as nossas auxiliares já conhecem as novas crianças”.
A coordenadora ainda sublinhou o facto de a sua equipa de auxiliares de acção educativa trabalhar há vários anos neste estabelecimento escolar.

“Ganhamos um amor aos meninos que é como se fossem nossos!”

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