As mais antigas técnicas de comunicação entre o mar e a terra usadas pelos pescadores vão estar em destaque nas comemorações do Dia Nacional do Mar (16 de Novembro) na Nazaré. O Museu Dr. Joaquim Manso acolhe na tarde de 15 de Novembro a tertúlia “Do mar para terra. Formas de comunicação”, que vai pôr os pescadores Agostinho da Nascimenta e Joaquim Estrelinha a recordar tempos antigos.
A partir das 15h00 fala-se dos sistemas tradicionais de comunicação usados pelos pescadores, como o archote, o fogacho ou as pinturas murais, hoje completamente substituídos por tecnologias modernas. Na conversa participam ainda Bruno Santos, instrutor de mergulho, Lourenço Gorricha, comandante da Capitania do Porto da Nazaré, e António Peixe, docente de “Ciências do Mar – Ambiente e alterações climáticas” na Universidade Sénior da Nazaré.
Até ao final do mês, o Museu Dr. Joaquim Manso põe ainda em destaque a pintura “Sinal à barca”, do nazareno Coelho da Silva. A pintura naïf é o “Objecto do mês” e é abordado numa exposição complementada com equipamentos de comunicação cedidos pela capitania local e por fotografias de Chralotte E. Pauly, uma artista alemã que viveu na Nazaré no início dos anos 30 e registou os sinais pintados que eram usados como forma de comunicação para a pesca diurna.
J.F.