
Uma missão económica de investidores chineses que está em Portugal há uns dias fará uma visita no próximo domingo às Caldas da Rainha para conhecer as condições na cidade no sector da saúde e do termalismo.
O grupo, que é composto por vários especialistas da República Popular da China, entre responsáveis financeiros e conhecedores do mercado das termas e dos SPAs, vem com intenção de fazer o levantamento das condições de investimento no património do Estado relacionado com o Hospital Termal, Pavilhões do Parque, Parque e Mata, uma vez que eles são responsáveis por empreendimentos do mesmo tipo na ilha de Sanya, no sul da China, na baía de Yalong.
A ilha de Sanya é conhecida pelo “Hawaii chinês”, dispondo de um clima excepcional para o continente, onde estão situados os principais hotéis de 5 estrelas do continente asiático.
Esta ilha tem ligações por avião, comboio e autocarro para outras partes do continente, ficando próxima de Hong-Kong e Macau, tendo o conhecimento das oportunidades em Portugal sido desvendadas através do antigo território português, onde algumas pessoas ligadas à região trabalham, e depois do importante investimento feito no sector da energia, nomeadamente na EDP.
Segundo as nossas fontes, e dado que o Estado Português se quer desfazer o mais rapidamente possível deste património, que corresponde a um custo anual de mais de 50 milhões de euros, os investidores chineses, que têm experiência em águas sulfurosas, pretendem abranger no seu projecto de investimento toda a área que cobre o parque e a mata, sabendo que há condições climatéricas ideais para atingir esses objectivos.Aproveitando todo aquele espaço desejam criar uma nova estância de tratamento e curas termais, bem como de SPA, ligado aos jardins e espaços verdes.
Existe ainda uma ideia de ligar este empreendimento à lagoa de Óbidos e à praia da Foz do Arelho, construindo ali também um espaço de talassoterapia como existe na China e em que as massagens eminentemente orientais, de origem chinesa e tailandesa são uma mais valia. Esta componente, porém, carece de melhores estudos.
Este será o primeiro investimento feito pelos chineses nesta área na Europa, contando com o apoio operacional e financeiro do grupo Three Gorges, e a uma sua associada que quer investir directa e fortemente num grupo financeiro português.
Segundo informações publicadas em Macau, este investimento pode criar centenas de postos de trabalho nas várias áreas ligadas ao sector, desde os cuidados de saúde, à hotelaria, restauração e construção civil, aproveitando os chineses a crise portuguesa para fazer negócio.
Se a China também conseguir entrar no processo de privatização da TAP, será iniciada a operação aeronáutica entre aquele país, Portugal, África Austral e o Brasil, optimizando as ligações globais e criando uma plataforma que enfrentará as grandes operadoras internacionais norte-americanas e europeias.
Esta intervenção beneficiaria também o investimento caldense, uma vez que estas são as únicas termas públicas dependentes do Ministério da Saúde, que assim poderia proporcionar um encaixe de alguns milhões de euros que viria a fazer diminuir o défice do Serviço Nacional de Saúde.
Segundo ainda os responsáveis pelo investimento, caso tudo se concretize, cerca de uma centena de portugueses da região, farão um estágio nas estâncias turísticas e hoteleiras que o grupo dispõe, na Ásia nomeadamente em Xangai, na própria ilha de Sanya e em Macau.
Estes complexos termais dispõem das mais modernas instalações e equipamentos do mundo, trabalhando a água termal e água normal, incluindo suites decoradas com estilo ocidental e oriental, para tratamento com chuveiros a vapor, banheiras terrazo sobredimensionadas, aromaterapia ou massagem de tecido profundo, a tradicional massagem tailandesa, a massagem tradicional chinesa e a reflexologia do pé.
Para ganhar a simpatia dos portugueses, os chineses prometem manter uma área termal para os clientes tradicionais do Hospital centenário caldense, praticando preços compatíveis com a respectiva capacidade financeira, mas não põem de parte a possibilidade de fazer protocolos com o sistema da segurança social nacional e com alguns grupos económicos, com que se irão relacionar a partir da sua participação na eléctrica nacional.
Tal como acontece na China, tradicionalmente há uma boa relação entre empresas de grupos económicos complementares e com a prestação de cuidados médicos segundo a tradição e as medicinas tradicionais.
Será que a Ordem dos Médicos vai permitir que no hospital termal (único no país) se pratique medicina tradicional chinesa ? Da parte do Governo não deve haver problemas já que o país está à venda a preços de saldo, parece a Argentina de Carlos Menem !
é uma bela mentira de dia 1 de Abril, mas que poderá ser uma verdade daqui a algum tempo se as coisas continuarem como estão, ou chineses ou angolanos…..