Alunos da D. João II criaram telas e azulejos, que foram colocados ao longo de quatro quilómetros de circuito
Quem percorrer o Paul de Tornada encontra agora um conjunto de azulejos identificativos de animais e plantas que existem ao longo do circuito de quatro quilómetros. A acompanhá-los está um QRCode, que remete para o site do Paul, com informação acerca da fauna e flora ali existente. Trata-se de um projeto que foi desenvolvido pelas turmas do 6º B e C, do Agrupamento de Escolas D. João II, com a coordenação das diretoras de turma, Ana Sofia Silva e Maria de Lurdes Graça, respetivamente, em parceria com a GEOTA e a Associação PATO. Estas duas organizações não-governamentais de ambiente são quem gere o Centro Ecológico Educativo do Paul de Tornada, com o apoio da Câmara das Caldas.
O eco-trilho do Paul de Tornada, que foi inaugurado no passada sábado de manhã, com a presença dos alunos e respetivas famílias e docentes, foi desenvolvido nos dois últimos anos letivos. Teve início numa aula de cidadania, mas tratou-se de um projeto interdisciplinar, envolvendo as disciplinas de ciências, desenho e até o clube de empreendedorismo da escola, com a realização dos azulejos.
“Ambas as turmas sugeriram trabalharmos animais e plantas, pelo que pensámos em fazer algo que tivesse impacto na escola e também na comunidade”, explicou a professora Ana Sofia Silva.
O projeto “Biodiversidade no Paul de Tornada” acabaria por envolver mais de 50 alunos das duas turmas. Foram feitos 25 desenhos e pintados 27 azulejos, que foram posteriormente colocados em 13 postes ao longo do trilho, juntamente com o QR Code, também colocado em azulejo, com uma impressão própria, de modo a ser mais duradoiro. Este permite aceder ao site, que também foi criado de raiz pelos alunos, com informação sobre o Paul, que foi depois revista pela professora de ciências e as responsáveis do Centro Ecológico e Educativo do Paul de Tornada. “Também queremos estimular nos alunos o rigor na pesquisa e utilização da informação”, sublinhou a docente, acrescentado que o site passará a ser gerido pelos responsáveis do GEOTA e PATO.
Ana Sofia Silva não escondeu a sua satisfação com o resultado, destacando a abertura de “portas” da escola à comunidade e a sensibilização para a conservação do Paul de Tornada.
A primeira caminhada pelo eco-trilho, onde não faltaram visitas surpresa-como a do cágado mediterrânico, terminou com um almoço partilhado. ■