Apesar das ameaças de mau tempo e de uns aguaceiros no sábado à noite, pode-se dizer que São Pedro poupou o Carnaval das Caldas, permitindo que o corso desfilasse nos dias previstos.
Nele participaram 21 carros alegóricos de várias instituições caldenses, o grupo de bombos do Monte Olivett e a Banda Comércio e Indústria. Como habitualmente, houve carros mais bem conseguidos do que outros, sendo de registar o desaparecimento de Fernando Costa como tema predilecto sem, contudo, ter sido substituído por nenhuma figura local. Nem Passos Coelho, nem Portas nem Cavaco mereceram este ano a atenção dos foliões. O grande “bombo da festa” foi mesmo José Sócrates, cuja detenção foi motivo de gozo e de inspiração para várias associações.
Mas o desfile nocturno carece de mais atenção porque estava mal iluminado e não é possível projectar um evento destes numa semi-obscuridade e com os carros preparados para serem apreciados à luz do dia. A não ser que a autarquia assuma em definitivo que a terça-feira feira também é Dia de Carnaval a sério e reponha o corso como fazia até há quatro anos.
Por outro lado, a Câmara poderia alargar e aumentar o valor de prémios por forma a incentivar carros alegóricos e grupos a desfilar com mais qualidade e com verdadeiras coreografias ensaiadas a rigor.
O Carnaval caldense ficou ainda marcado positivamente por uma participação recorde das crianças do concelho no desfile que se realizou na sexta-feira e que atingiu os 3000 alunos.
Já nas várias iniciativas feitas na cidade a participação não foi a ideal, sobretudo no baile dos Pimpões e no Museu Malhoa, apesar de, neste caso, os convivas se terem esmerado nos trajes venezianos. Também as ruas da cidade permaneceram poucos animadas com mascarados em todo o período do Carnaval, ao contrário de que acontecia no antigamente.