Obras de 20 milhões para renovar escolas

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A Escola Secundária Raul Proença tem cerca de 40 anos e nunca teve uma intervenção de fundo

Escolas Raul Proença, D. João II e de Santa Catarina já têm projetos concluídos e candidaturas a financiamento submetidas. Requalificação da Raul Proença foi classificada pelo Ministério da Educação como urgente

O município das Caldas da Rainha já tem encaminhado um conjunto de projetos para a renovação do parque escolar do concelho, num investimento que pode ascender aos 20 milhões de euros. As maiores intervenções serão realizadas na Escola Secundária Raul Proença, na Escola Básica D. João II e na Escola Básica de Santa Catarina, mas também estão previstas obras nas escolas básicas do Coto, já este ano, e de Salir do Porto.
A escola cujo projeto está mais adiantado é a da Secundária Raul Proença. “É uma escola com 40 anos, que tem sido muito bem cuidada, mas nunca teve uma intervenção de fundo”, diz Conceição Henriques, vereadora da Câmara das Caldas com a pasta da educação.

“Quando tomámos posse, o diretor da escola fez sentir que existe essa necessidade”, refere a vereadora, acrescentando que o projeto, que significa um investimento de 6,3 milhões de euros, está concluído.
O mesmo acontece relativamente aos projetos da Escola Básica D. João II e da Escola Básica de Santa Catarina, cujos projetos de arquitetura e especialidades estão também concluídos. Nestas, os investimentos ascendem aos 6,7 milhões de euros e aos 4,6 milhões de euros, respetivamente.
Pela envergadura dos três projetos, Conceição Henriques sublinha que não tinham capacidade financeira para adjudicar as obras sem recurso a financiamento, mas as três escolas também já entregaram as respetivas candidaturas a financiamento. As intervenções foram classificadas pelo Ministério da Educação como urgente, no caso da Raul Proença, e prioritário, no caso da de Santa Catarina.
Estes projetos consistem em intervenções de fundo ao nível do edificado, e vão trazer melhorias ao nível do conforto e da eficiência energética.
Conceição Henriques não adiantou prazos para o início dos trabalhos nestas escolas, mas salientou que as intervenções não poderão ocorrer em simultâneo nas três. “Vamos ter que realojar os alunos, o que não é fácil em três comunidades escolares desta dimensão”, afirmou.
No entanto, quando estas intervenções estiverem concluídas, “teremos um parque escolar, ao nível das grandes escolas, bastante interessante”, acrescenta a vereadora.
Mas a requalificação do parque escolar contempla também as escolas básicas. Durante o ano letivo passado, as escolas básicas da Encosta do Sol e do Avenal foram concluídas e começaram a receber os alunos no segundo período, em janeiro deste ano, ainda com alguns pormenores por finalizar, mas, no arranque do novo ano letivo, “estão totalmente operacionais”.
O atual executivo municipal tem mais duas escolas básicas para requalificar. Este ano avança o projeto de intervenção Escola Básica do Coto. De resto, os alunos desta escola já não terão ali aulas no presente ano letivo, tendo sido acolhidos no Centro Escolar de Salir de Matos.
“Já temos o concurso lançado para a escola do Coto”, refere a vereadora, acrescentando que a próxima da lista é a de Salir do Porto.
“É uma escola que consideramos muito prioritária. Já era suposto termos o projeto para ela, não temos ainda, mas vamos dar-lhe seguimento para, na primeira oportunidade, avançarmos com essa reabilitação”, refere Conceição Henriques. A intervenção nesta escola será na reabilitação do edificado existente, mas também através da construção de uma nova sala. A vereadora realça que a escola de Salir do Porto “está muito degradada”, tendo, inclusivamente, uma turma a ter aulas num contentor, “o que é aceitável numa solução de recurso, mas não numa solução de continuidade”, acrescenta.
Após essa intervenção, Conceição Henriques adianta que o município deverá começar a olhar para os centros escolares. “Temos toda uma geração dos centros escolares, que têm entre 13 e 14 anos, que a breve trecho vão necessitar de um plano de manutenção”, afirma a vereadora, sublinhando que em Salir de Matos já estão identificadas algumas das necessidades. ■