Câmara admite que intervenção vai criar embaraços no trânsito naquela zona, mas defende que será um mal necessário e há alternativas
A Câmara das Caldas realizou o ato de consignação da empreitada da primeira fase das obras de requalificação da entrada norte da cidade com a empresa caldense Submerci. A intervenção vai mudar a “cara” daquela zona da cidade, criando uma nova imagem e melhores condições de acessibilidade em mobilidade suave. As obras, que deverão demorar cerca de um ano, serão realizadas em duas fases e representam um investimento total próximo dos 3 milhões de euros, incluindo os trabalhos complementares.
A intervenção visa criar melhores condições de circulação rodoviária, criar uma ciclovia e renovar a rede de abastecimento de águas e esgotos. A intervenção vai decorrer num troço com uma extensão de um quilómetro, entre as rotundas do McDonald’s e do Maxmat, inclui melhoramentos nas duas rotundas e a criação de uma nova, junto à antiga Subtil, no entroncamento com a Rua da Palhagueira e vem melhorar a imagem da entrada norte das Caldas da Rainha, pela Estrada da Tornada.
O ato de consignação assinado na passada sexta-feira é referente à primeira fase das obras, entre a rotunda do McDonald’s e o entroncamento com a Rua da Palhagueira, está orçada em cerca de 1,1 milhões de euros e tem prazo de execução de 330 dias. Durante este mês de dezembro, a construtora vai apenas montar o estaleiro de obras e realizar trabalhos de preparação, de modo a não criar condicionalismos ao trânsito nesta altura de maior afluência à cidade, por via das festas de Natal.
A obra propriamente dita inicia-se em janeiro e vai obrigar ao corte parcial da circulação. Esta vai manter-se pela EN8 de sul para norte, ou seja, na direção das Caldas para Tornada, durante toda a intervenção. No entanto, o sentido inverso vai obrigar a desvios. Nesta primeira fase, quem chega às Caldas por aquela via terá que desviar para a Rua da Palhagueira e depois para a Estrada do Campo – estando em estudo uma mudança da prioridade nessa confluência para melhorar o fluxo do trânsito -, e entra nas Caldas pela rotunda do Rotary Clube (junto ao Continente).
A segunda fase da obra, cujo ato de consignação será realizado até 27 de fevereiro, será executada pela empresa Nuno Roque, também das Caldas da Rainha. Incluiu a construção da nova rotunda e a continuação da obra até ao Maxmat, tem um orçamento próximo dos 800 mil euros e terá um prazo de execução de 300 dias. Quando esta fase se iniciar, os trabalhos decorrerão nos dois troços em simultâneo.
Quando se iniciar a segunda fase da obra, o trânsito de norte para sul passa a ser desviado pelas ruas da Carreira do Gado e dos Texugos. Estas ruas, incluindo a da Palhagueira, receberam beneficiações para fazer face ao aumento do tráfego. Na Rua dos Texugos, falta realizar a construção de um muro de suporte da bacia das águas pluviais da Encosta do Sol, que para ali passaram a ser encaminhadas. Esse muro será construído em janeiro e vai permitir o restabelecimento dos dois sentidos de trânsito na rua dos Texugos.
Além dos cerca de 2 milhões de euros do custo desta intervenção, Vítor Marques, presidente da Câmara das Caldas, realça que o investimento naquela zona ascende a cerca de 3 milhões de euros, incluindo as obras nas ruas adjacentes, os cerca de 400 mil euros da obra de desvio das águas pluviais e as indemnizações pelas “pequenas cedências” de terrenos junto à estrada que foram necessários.
Joaquim Beato, vice-presidente da Câmara das Caldas reconhece que irão existir condicionalismos por se tratar de uma das entradas na cidade com maior afluência de trânsito, mas lembrou que, além destas, há outras alternativas, incluindo a utilização gratuita da A8 a partir de Tornada até à Zona Industrial.
Além das duas construtoras já mencionadas, o projeto envolve ainda a Engimind, de Lisboa, empresa de engenharia responsável pelo projeto, e a Engibene, da Benedita, que será responsável pela segurança da obra durante a execução. ■