Oeste Lusitano vai trazer provas hípicas às Caldas

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2016-05-06 Primeira.inddA quinta edição do Oeste Lusitano, que se realiza entre 20 e 22 de Maio no Parque D. Carlos I, marca o regresso das provas hípicas nacionais às Caldas da Rainha. Uma novidade que significa um aumento exponencial no número de cavalos prensentes. O festival custa 150 miel euros e, durante esse fim-de-semana, para além de tudo o que está relacionado com os cavalos, haverá Yoga, actividade física, jazz, marchas, showcookings, passagem de modelos, entre outras actividades.

Isaque Vicente

ivicente@gazetadascaldas.pt
“O evento das Caldas só tinha espectáculo. Estávamos extremamente limitados em termos de competição e sentimos que havia um desinteresse por isso”, explicou Jorge Magalhães, presidente da Associação de Criadores de Puro Sangue Lusitano do Oeste (ACPSLO). Faltavam duas coisas: picadeiros com dimensões oficiais e comprar data para entrar no calendário de competição. Nesse sentido, foi preciso definir que o certame se realize sempre no terceiro fim-de-semana de Maio. Portanto, este ano, “o orçamento aumenta e saímos da data do 15 de Maio”, esclareceu. Relativamente a outras edições, “o aumento é exponencial: o ano passado tivemos 54 boxes de cavalos de espectáculo e competição, mas este ano vamos ter 240, das quais 210 de competição e 30 de espectáculo”, disse o empresário. Outra das novidades é que nesta edição o evento “vai dos portões da Rainha aos da fábrica Bordallo Pinheiro”. Será criado um palco que estará sempre em actividade e haverá espectáculos de artes performativas (andas, expressão corporal, manipulação de objectos) em parceria com os Silos. Este ano foi feito um desafio à Orquestra do Monte Olivett para juntar sete cantores da zona (de vários estilos musicais) e possibilitar-lhes actuar com uma orquestra no festival. O Centro da Juventude também foi desafiado a participar. A encerrar a feira, estará novamente a Charanga a Cavalo do Regimento de Cavalaria da GNR. A homenagem este ano é à Herdade do Pinheiro, uma casa de criação de cavalos lusitanos que comemora 100 anos. Jorge Magalhães disse que em 2014 tiveram cerca de 50.000 visitantes nas Caldas e que esse número subiu para os 62.000 no último ano, mostrando-se esperançado que este ano possam chegar aos 80.000 visitantes. Falou ainda, não apenas como organizador do Oeste Lusitano, mas como caldense e empresário desta zona, acerca da importância de tornar as Caldas, durante este fim-de-semana, uma cidade viva. Apelou, portanto, aos comerciantes para que estes alarguem horários. A Gazeta das Caldas também vai apresentar algumas surpresas neste festival, como o novo site e uma exposição acerca dos 90 anos da Gazeta e a forma como esta tem noticiado os cavalos. Presente na conferência, na passada sexta-feira, 29 de Abril, no Centro Comercial La Vie, esteve Maria do Céu Santos, directora do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro. Afirmou que “este evento vem de encontro à filosofia da nova direcção que é abrir a escola à comunidade”. Notou que “os alunos dos cursos profissionais têm oportunidade de colocar em prática muitas das teorias que aprendem na escola”. Já Amaro Correia, do La Vie, esclareceu que não houve hesitação em apoiar este projecto. “Não só pela envolvência, mas também pelo que este evento representa para a cidade só havia uma opção: nós participarmos”, referiu. Por sua vez, Vítor Marques, presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, afirmou que a diferença deste evento para outros que se realizam pelo país “é a mobilização de todos”. A concluir, Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas contou que a princípio não percebia a lógica do evento porque não sabia que havia tantos criadores de cavalo lusitano no Oeste. “Na altura explicaram-me que havia 300 éguas reprodutoras de cavalo lusitano na região”, recordou. Disse que esta iniciativa, que descreveu como “um dos principais eventos do Oeste”, provou “que era possível fazer um evento no parque, preservando-o e melhorando-o” e esclareceu que o apoio da autarquia é de 75.000 euros.

CAVALOS DO OESTE RETRATADOS NA REGIÃO
No dia 2 de Maio foi inaugurada a exposição “O Cavalo”, na Galeria do Espaço do Turismo. A mostra reúne 28 fotografias de fotógrafos profissionais e amadores de Caldas, surgindo na sequência de um workshop de Paula da Silva. “É considerada a número um em termos de fotografia equestre em Portugal”, afirmou Jorge Magalhães, referindo-se à fotógrafa. “Todos os animais são do Oeste e todas as fotografias são do Oeste”, destacou. A organização do evento já realizou mais quatro workshops deste tipo. “São 18 países envolvidos, as imagens recolhidas passaram em 11 países, tivemos várias exposições na Holanda, Espanha e Canadá e aparecemos em revistas em Itália e Turquia”, explicou. A exposição pode ser visitada até 22 de Maio, entre as 10h00 e as 18h00.