O passe social entre as Caldas e Lisboa, que actualmente custa 132,65 euros poderá, no próximo ano, ter o valor de 80 euros. Para alcançar este objectivo de diminuir o valor do passe inter-regional para a Área Metropolitana de Lisboa (AML), a OesteCIM precisa de um aumento de 1,5 milhões de euros na verba atribuída pelo Estado, que este ano foi de 1,3 milhões de euros.
A OesteCim vai pedir ao governo um aumento de 1,5 milhões de euros na verba destinada à redução tarifária para conseguir baixar o preço do passe inter-regional para a região metropolitana de Lisboa. Os valores deverão ser de 70 euros para os passes entre os concelhos limítrofes à AML, como é o caso de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Sobral e Torres Vedras, e de 80 euros, para os passes dos restantes concelhos ou outras possíveis combinações.
Este ano o Estado atribuiu à região 1,3 milhões de euros, aos quais a OesteCim somou mais 650 mil euros para implementar um passe municipal de valor não superior a 30 euros, um passe até 40 euros para as deslocações intermunicipais (dentro do território da OesteCim) e 30% de descontos nos passes para ligações inter-regionais com os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML), da Lezíria do Tejo e da Região de Leiria. Contudo, os passes socias da AML têm um valor de 40 euros, o que leva a um sentimento de “falta de equidade” por parte dos oestinos, entende o conselho municipal da OesteCIM, que quer colmatar essa situação com um maior apoio estatal destinado à redução tarifária.
De acordo com esta entidade, actualmente há cerca de 5 mil pessoas que se deslocam diariamente entre o Oeste e a AML, pelo que “este programa tem impactos na competitividade do território, seja na atração de investimento ou de novos residentes”, refere presidente da OesteCIM, Pedro Folgado em comunicado.
Os autarcas consideram que não devem ser os Censos 2011 o referencial para a atribuição das verbas para as autoridades de transporte, mas sim os dados reais de 2019, que são monitorizados através de sistema integrado com a bilhética dos operadores. “Pensamos que só assim se conseguirá efectivar uma avaliação correcta e ajustar os montantes a atribuir a cada uma das autoridades de transportes”, refere o comunicado.
Caso não haja o apoio necessário – de 1,5 milhões de euros – por parte do Estado, a comunidade intermunicipal terá de “verificar se e quando conseguiremos acomodar esta verba”, refere Pedro Folgado. Acrescenta que os municípios estão “totalmente empenhados” em alcançar estas metas e considera que o investimento a fazer no âmbito do PART 2020 é de “vital importância, pela imperativa defesa dos direitos e legítimos interesses dos concidadãos e do desenvolvimento da região”.