Oeste também sentiu o sismo de segunda-feira, mas sem alarme

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Região também acordou com o abalo, mas não chegaram alertas ao comando sub-regional da proteção civil

Na madrugada de segunda-feira, pelas 5h11, foi registado um sismo com epicentro no mar, a cerca de 60 km a oeste de Sines, que foi sentido também na região Oeste. A ocorrência originou muitas reações na redes sociais, mas não houve motivo para alarme.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o sismo foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente com uma magnitude de magnitude 5.3 na escala de Richter, o que o qualifica como moderado, e de IV a V de intensidade máxima na escala de Mercalli modificada. Segundo esta escala, que começa no nível I (impercetível) e termina no nível XII (cataclismo), um sismo desta intensidade pode despertar do sono um pequeno número de pessoas, faz vibrar portas e janelas e louças dentro dos armários, o que coincide com maioria dos relatos.
O sismo foi sentido com intensidade máxima na região de Sines e menor intensidade nas regiões de Setúbal e Lisboa.
Carlos Silva, comandante sub-regional de emergência e Proteção Civil do Oeste, disse à Gazeta das Caldas que não houve registo de qualquer chamada relacionada com o sismo no comando sub-regional. “O pessoal sentiu que estava ao serviço, confirmou-se depois com o comando nacional e com o IPMA, mas não houve qualquer alerta exterior”, disse.
Segundo a comando nacional da Proteção Civil, não há registo de danos pessoais ou materiais. Após o sismo, foram registadas mais 3 réplicas com magnitude de 1.2, 1.1 e 0.9. Apesar de o epicentro ter sido no mar, não houve alerta de tsunami, uma vez que estes alarmes são apenas ativados a partir de uma magnitude de 6.
O sismo da passada segunda-feira foi o mais forte em Portugal continental nos últimos 55 anos. Esse, ocorrido a 28 de fevereiro de 1969, teve magnitude de 7.9 na escala de Richter e foi relatado nas páginas da Gazeta das Caldas de 4 de março de 1969. Na altura, tirando a queda de alguns militares provocada pela quebra de um corrimão, não se verificaram danos graves. ■