Ordem dos Enfermeiros faz retrato dos Serviços de Urgência na região

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Caldas é um dos sete serviços de urgência, em toda a região, que possui equipa de transporte para outros hospitais

Secção Regional Centro visitou 21 serviços de urgência no pico anual da afluência e apresenta agora os resultados. Caldas não ficou muito mal na fotografia

 

Caldas da Rainha apresentou o Serviço de Urgência (SU) com melhor resposta instalada face à procura de cuidados, de acordo com o retrato dos SU da região Centro agora divulgado pela Secção Regional Centro (SR Centro) da Ordem Enfermeiros. A 12 de janeiro, em “pleno inverno, num contexto de elevada incidência de infeções respiratórias agudas na comunidade e que, há semanas, mantinha os SU sob grande pressão”, a SRCentro deu início a uma visita massiva a vários SU da sua área de abrangência (excluindo as urgências obstétricas, ginecológicas e pediátricas). As visitas foram realizadas a dez Serviços de Urgência Básica (SUB), a nove Serviços de Urgência Médico-cirúrgica (SUMC) e a dois Serviços de Urgência Polivalente (SUP), entre elas a do Hospital das Caldas da Rainha e de Peniche, que integram a Unidade Local de Saúde do Oeste.
Na relação nas 24h00 entre o número de enfermeiros por utente, Caldas surge também na melhor posição, com cerca de 2 utentes por cada enfermeiro, ao passo que S. João da Madeira e Águeda detêm o pior resultado com cerca de 11 utentes por cada enfermeiro. No que respeita ao número de admissões das últimas 24 horas, outro dos itens em avaliação, o hospital das Caldas contava com 105 admissões no Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica (SUMC) e o de Peniche com 70, no Serviço de Urgência Básico (SUB), um número bastante inferior a Aveiro, por exemplo, que admitiu 427 pessoas em 24 horas. Relativamente ao número de doentes há mais de 24h00 nos SU, Caldas apresentava 41 casos e, se aumentarmos para a permanência de mais de 48 horas nos SU, o registo é de cinco casos. Ao todo, e de acordo com este estudo, na região Centro 596 pessoas estavam há mais de 24horas nos SU e, destas, 83 esperavam nos SU há mais de dois dias. “Quando existem tempos de espera para a primeira observação médica que ultrapassam as 20 horas, é impossível assegurar dotações de enfermeiros que consigam retriar/reavaliar todos os doentes, sempre que o tempo de espera excede o limite previsto, como determina a norma 02/2018 da DGS”, alerta a Ordem dos Enfermeiros.
Caldas da Rainha é um dos sete serviços de urgência, em toda a região, que possui equipa de transporte para outros hospitais, no entanto, não possui via verde coronária, um dos protocolos que consideram “essenciais para garantir uma resposta rápida e eficaz em situações críticas”. Por outro lado, destaca-se como sendo um dos quatro serviços, em 21, que possui via verde sépsis.
Ainda de acordo com esta ordem profissional, as pulseiras amarelas foram prevalentes neste período, no entanto das Caldas não há dados, tal como do tempo de espera. ■