Um sábado soalheiro acolheu a chegada do Pai Natal, que foi rececionado por dezenas no Largo do Hospital Termal
O Pai Natal já chegou às Caldas. Transportado num Mini conduzido por um dos seus ajudantes, um duende, sem esquecer as duas renas, foi rececionado por um grande ajuntamento de miúdos e graúdos, no Largo do Hospital Termal, e ainda pelos Motards de S. Rafael e pela Bandinha Amigos da Música, cujos membros provêm da região Oeste. Antes, já haviam atuado, na Praça 5 de Outubro, o Hip Hop dos Pimpões, os dançarinos de S. Gregório (que celebram 25 anos em maio próximo) e o Super Flash, da ACDR Arneirense, para uma grande audiência. Também os Bombos do Monte Olivett andaram a animar as ruas.
Debaixo das barbas farfalhudas, escondia-se… o presidente da Junta de Freguesia da Tornada, João Lourenço, que distribuiu muitos sorrisos e desejos de bom Natal às crianças, momento que os pais quiseram eternizar numa fotografia.
O convite foi-lhe feito pelo Gabinete de Eventos da Câmara, e o autarca não teve como recusar. Desde “viajar” desde a Lapónia num veículo especial até assomar à janela do primeiro andar do Hospital Termal para acenar aos presentes, o trabalho trouxe-lhe grandes experiências.

Para Sónia Luís, dirigente do grupo Super Flash, o dia da Parada do Pai Natal tem sempre um sabor familiar, pois o grupo já participa nela desde o início, e há mais de nove anos na animação de Natal da ACCCRO, tendo este ano trazido a magia de Mary Poppins. Agora com uma filha com seis anos, o dia ainda é vivido com mais encanto. “Percebi o entusiasmo no sábado pela manhã, em que a primeira afirmação foi: ‘Mãe, depressa! Temos de ir dançar e receber o Pai Natal na parada!’”, contou Sónia Luís.
A animação e iluminação de Natal representaram um investimento da Câmara Municipal de 333 mil euros, atualizou Vítor Marques à Gazeta, à margem do evento.
Mas “a cidade está bonita”, e o evento “tem corrido bem, com muita gente nas ruas”, graças também à colaboração do tempo, salientou o edil caldense, que destacou ainda “o envolvimento de todas as pessoas e das instituições” para pôr de pé o Natal Encantado. Iniciativa que tem também um “espírito comercial”, promovendo o “nosso comércio”.

A programação e as mudanças estão a ser do agrado dos caldenses. “A animação, de todos os pontos de vista, deixa-me satisfeito. Acho que, principalmente ao fim de semana, é uma oferta para todas as idades e que inclui muitos artistas e as associações caldenses”, contou Tiago Fidalgo, da Associação Biogleba e pai de duas crianças, que não perdeu a chegada do Pai Natal, e que considera o circo no parque uma “aposta ganha”. “Acho que faz todo o sentido, e não só pelas atividades circenses, mas também por usarem esse espaço para dinamizar outro tipo de atividades que, sem ele, seria mais difícil dinamizar”, comentou.
Quando inquirido acerca do que gostaria de sugerir para a programação do evento no futuro, o caldense afirmou que gostaria de “ver contempladas mais iniciativas com a temática da sustentabilidade e gestão eficiente dos recursos”. “Iniciativas dirigidas às crianças”, com a temática da sustentabilidade a ser levada a “todas ou quase todas as escolas”, enumerou. Reforçando, assim, as dinâmicas já implementadas, por exemplo, na execução dos anjos de Natal pelas escolas, com materiais reciclados.

Que o “comboio de Natal fosse elétrico” ou que se utilizassem estratégias de marketing e publicidade para divulgar dados relativos à “gestão eficiente dos recursos” foram ainda outras propostas. Por exemplo, que fossem publicitados os horários em que a iluminação está ligada (17h00-00h00), que fosse dado maior destaque na divulgação à extensão da iluminação, ou “quanto é que a gestão eficiente dos recursos”, que “nunca anula a pegada climática”, “poupou em termos ambientais”. Tiago Fidalgo sugeriu ainda que “essa (preocupação ambiental) fosse também uma imagem de marca do Natal nas Caldas”, a ser incluída no próprio nome da iniciativa. ■