Requalificação da Linha do Oeste mobiliza luta climática estudantil nas Caldas

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Foto arquivo

“Por uma Linha do Oeste que preste” é a campanha dinamizada pela Greve Climática Estudantil das Caldas da Rainha, que decorre nas redes sociais e preconiza um sistema mais verde e mais justo. Os jovens estão empenhados na requalificação e electrificação “urgente” desta linha ferroviária, já enviaram uma carta aberta ao ministro e aos partidos. E garantem que vão continuar a lutar por esta causa

No passado dia 25 de Setembro, os jovens activistas da Greve Climática Estudantil das Caldas da Rainha juntaram-se à mobilização Global pelo Clima através da Campanha Por uma Linha do Oeste que Preste!
Defendem a requalificação da linha ferroviária para uma mobilidade sustentável e já enviaram uma carta aberta ao ministro do planeamento, mas também a todas as comissões parlamentares, excepto da Iniciativa Liberal e Chega, que repudiaram publicamente a greve.
“Agora interessa-nos reunir com esses partidos e fazer alguma pressão política”, conta a activista caldense, Andreia Galvão, à Gazeta das Caldas.
A estudante universitária, de 20 anos, participou na manifestação que decorreu em Lisboa e aproveitou o interesse da comunicação social para abordar temas concretos de luta climática, entre eles a Linha do Oeste, e no final da acção partilhou com todos o teor da carta aberta enviada ao governo.
“Queremos que haja uma rápida requalificação da Linha do Oeste”, referiu a jovem, acrescentando que também querem estabelecer laços mais estreitos com as organizações caldenses no sentido de terem um maior peso reivindicativo.
“Enviei o documento a todas as juventudes e partidos políticos e até achei decepcionante a JSD não ter assinado imediatamente”, salientou, destacando que a luta pela modernização da ferrovia tem sido dos caldenses e não partidária.
A Greve Climática Estudantil quer agora continuar a reunir com a Comissão de Defesa da Linha do Oeste, e outras organizações, para se inteirar de todo o processo relacionado com esta linha férrea e “dar à luta o nosso lado, mais activista”, explica a jovem. Está, inclusivamente, a ser planeada uma mobilização em torno desta linha ferroviária a que os jovens activistas se querem juntar, presencialmente, respeitando as medidas de segurança.
Andreia Galvão considera que a acção de sexta-feira, tanto a manifestação como as iniciativas dinamizadas on-line, correram bem e espera terem conseguido passar a mensagem. “Creio que continuar a sair à rua nestes tempos é mostrar que estamos atentos e, agora que se começam a aprovar orçamentos de Estado e planos de recuperação económica, precisamos mostrar que a crise climática e os planos para a sustentabilidade não podem ser descurados”, concluiu.