A exposição de selos de Natal de Henrique Almeida na associação Olha-Te foi inaugurada na sexta-feira, com a presença do Pai Natal e do duende Plim.
Henrique Almeida é de Aljubarrota e é professor de dança na associação. Não sofreu de cancro, mas perdeu a mulher e a filha para esta doença. A filatelia é um dos seus hobbies desde os 12 anos, há mais de seis décadas. “Começou com uma brincadeira com um selo que me ofereceram da Taça dos Campeões Europeus ganha pelo Benfica”. Hoje tem, em casa, perto de dois milhões de selos e apenas cerca de 5% estão organizados. “Estou a descolar dos papéis das cartas entre 350 a 500 selos por dia”, conta. O valor depende, essencialmente, da raridade, embora a antiguidade também seja relevante. O mais antigo que tem é de 1853, da Argentina, “e é falso, mas não o troco”.
Para a mostra, que pode ser vista durante o mês de janeiro, trouxe selos de Portugal com presépios feitos em pinturas por crianças, em cerâmica e outros.
Maria João Branco, que está na luta contra o cancro, encontrou no Olha-Te uma nova esperança numa fase complicada. Atualmente tem ajudado a dinamizar a associação e sugeriu fazer esta exposição. “O Olha-Te é um barco de salvação, recebemos carinho, amor e atenção”. Entre as atividades estão caminhadas com meditação, yoga com pilates, escrita criativa, entre outras. “Haverá uma noite de bingo”, revela, notando a importância de enfrentar esta fase em grupo. “Isolei-me muito durante oito meses e foi aqui que ganhei a chama de não desistir, de lutar”. ■